Janaina Xavier, ex-apresentadora do SporTV, foi demitida em maio de 2022 após 23 anos no canal, destacando padrões de beleza no jornalismo esportivo.
Janaina Xavier ressaltou a importância da representatividade ao afirmar que apoia a meritocracia, porém, atualmente, na visão dela, as pessoas dão destaque a ‘perfis distintos’. Em uma entrevista, a jornalista e ex-apresentadora do SporTV, Janaina Xavier, dispensada da Globo em maio de 2022 após 23 anos na emissora, mencionou que sentiu que foi preterida no canal por ser ‘bonita demais’, já que estavam em busca de ‘outros padrões’. A discussão sobre a valorização da mulher preta no mercado de trabalho se torna cada vez mais relevante nos dias atuais.
Além disso, Janaina Xavier trouxe à tona a questão da diversidade ao mencionar que as empresas precisam valorizar a competência acima de estereótipos superficiais. A trajetória da mulher negra no cenário midiático evidencia desafios e obstáculos a serem superados, reforçando a necessidade de reconhecimento e oportunidades igualitárias para a mulher de cor em todas as esferas da sociedade.
Reflexões sobre a presença da mulher preta no jornalismo
No cenário do jornalismo, a presença da mulher preta tem sido cada vez mais discutida e valorizada. Em uma entrevista recente, a jornalista Janaina compartilhou suas experiências e reflexões sobre a representatividade feminina, em especial a da mulher preta, nesse ambiente.
Ao ser questionada sobre a dificuldade das mulheres no jornalismo, Janaina surpreendeu ao revelar sua percepção oposta. Ela destacou que, por muito tempo, acreditava que a mulher bela tinha uma certa vantagem na mídia. No entanto, sua visão mudou ao perceber que, em alguns momentos, era tratada de forma superficial, como se sua presença estivesse condicionada apenas à sua aparência.
A jornalista também abordou a questão dos padrões de beleza impostos pela mídia, ressaltando a importância de incluir diferentes perfis de mulheres. Ela mencionou a necessidade de representatividade para mulheres com narizes grandes, corpos mais cheinhos e, especialmente, para as mulheres pretas, que historicamente foram excluídas desse espaço.
Janaina enfatizou sua defesa pela meritocracia, mas ressaltou a importância de priorizar a diversidade na contratação de profissionais. Ela observou que, muitas vezes, a pressa em mostrar diversidade acaba resultando na escolha da mulher preta, sem considerar outros aspectos de sua personalidade e competência.
Essas reflexões de Janaina nos convidam a repensar a forma como a mulher preta é vista e valorizada no jornalismo. É fundamental promover um ambiente inclusivo e representativo, onde todas as mulheres, independentemente de sua cor ou padrão de beleza, tenham espaço e voz para contribuir com suas experiências e perspectivas únicas.
Fonte: @ Nos
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