Durante a nova fase do conflito, US$209 milhões de commodities agrícolas brasileiras foram importados pelos iranianos, fortalecendo relações comerciais com parceiros pequenos.
Diante do atual cenário de conflito no Oriente Médio, cresce a apreensão em relação aos possíveis reflexos nas commodities agrícolas brasileiras. A instabilidade geopolítica na região gera incertezas quanto aos mercados internacionais e à manutenção dos fluxos comerciais. Nesse contexto, é fundamental estar atento aos desdobramentos do conflito e às medidas que podem ser adotadas para mitigar possíveis consequências.
A escalada da tensão na região exemplifica a necessidade de buscar soluções diplomáticas para evitar um maior enfrentamento e atrito entre as nações envolvidas. É crucial que a comunidade internacional atue de forma proativa para promover o diálogo e buscar meios de reduzir as hostilidades. A busca por uma resolução pacífica dos conflitos é essencial para garantir a estabilidade global e preservar os interesses econômicos de diversos países.
Relações comerciais e a nova fase do conflito
É fato que, ao comparar as relações comerciais entre o Brasil e outros países, como Israel e o Irã, eles se tornam parceiros pequenos. Em 2023, as exportações brasileiras para o Irã atingiram a marca de US$ 2,3 bilhões, conforme dados da Comex Stat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Por outro lado, as exportações para Israel totalizaram US$ 662 milhões no mesmo ano. No entanto, é preciso ressaltar que Israel está enfrentando uma guerra em Gaza desde outubro do ano passado, o que impactou as exportações para o país.
Atritos no mercado de commodities agrícolas brasileiras
Apesar de não ser um dos maiores parceiros comerciais, o Irã é estratégico para o Brasil em alguns produtos, como o milho, sendo um dos principais compradores desse cereal produzido no país. Em 2023, as exportações de milho para o Irã somaram US$ 829 milhões. Além do milho, os maiores volumes de exportação para o país foram de soja, farelo de soja e açúcar. Para 2024, o milho tem liderado as exportações para os iranianos, destacando-se como uma operação relevante, especialmente no segundo semestre.
Enfrentando desafios nas relações comerciais
Israel, apesar de não ser um dos maiores destinos de exportação do Brasil, tem importância estratégica, principalmente no fornecimento de fertilizantes fosfatados. Em 2023, o Brasil exportou produtos como petróleo, carne bovina e soja para Israel. No entanto, Israel é crucial nas importações brasileiras de fertilizantes fosfatados, essenciais para várias culturas agrícolas. Embora Israel seja um importante fornecedor, existem alternativas como a China, caso ocorra algum atrito nas relações comerciais.
A importância dos parceiros pequenos na economia
Diante dos desafios e tensões geopolíticas, é fundamental reconhecer a relevância de parceiros considerados pequenos no cenário internacional. Tanto o Irã quanto Israel possuem importâncias estratégicas nas relações comerciais do Brasil, especialmente no setor de commodities agrícolas. A guerra em Gaza e as sanções ao Irã exemplificam os dilemas que podem impactar as exportações brasileiras. Manter um equilíbrio nas relações e explorar alternativas pode ser fundamental em tempos de conflito e incertezas no mercado global.
Fonte: © CNN Brasil
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