Presidente Lula recebeu documento com demandas da sociedade civil, consolidadas por movimentos sociais da saúde durante o G20, um pilar social para a reforma da governança.
O G20 Social, um evento inovador que reuniu representantes da sociedade civil, chegou ao fim neste sábado (16). Essa foi uma oportunidade única para que esses grupos pudessem contribuir com suas ideias e perspectivas nos debates do principal fórum de cooperação econômica internacional. A participação desses grupos foi um marco importante para o G20, que busca promover a cooperação e o entendimento entre as nações.
Agora, o foco está no encontro dos chefes de Estado, que acontecerá segunda (18) e terça-feira (19), no Rio de Janeiro. Essa Cúpula de Líderes será um momento crucial para discutir questões econômicas globais e buscar soluções conjuntas para os desafios que enfrentamos. A cooperação internacional é fundamental para o crescimento econômico sustentável. O G20 é um fórum essencial para promover essa cooperação e garantir que as vozes de todos os países sejam ouvidas. A união faz a força.
O G20 e a Sociedade Civil: Um Momento Histórico
Ao receber o documento final com a consolidação das demandas da sociedade civil à Cúpula de Líderes do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que esse é um momento histórico para o fórum de cooperação econômica internacional. ‘Ao longo deste ano, o grupo ganhou um terceiro pilar, que se somou aos pilares político e financeiro: o pilar social’, disse o presidente da República. ‘Aqui tomam forma a expressão e a vontade coletiva, motivadas pela busca de um mundo mais democrático, justo e diverso’.
Presente no evento, ao lado de líderes globais, a ministra Nísia Trindade comemorou o momento de construção coletiva e a troca de experiências. ‘Estamos em um processo de reconstrução do SUS, desde que o presidente Lula retornou à gestão, nessa luta para termos espaços democráticos, na visão de um país inclusivo, trabalhando pela redução das desigualdades’, afirmou a ministra da Saúde. ‘São movimentos sociais unidos, trocando conhecimentos e práticas. Isso representa a diversidade do Brasil, em uma construção conjunta pelo bem coletivo’.
O G20 Social e a Declaração Final
O G20 Social contou com a presença de mais de 50 mil participantes em três dias de evento, com 17.703 pessoas participando ativamente dos debates. A Declaração do G20 Social insta os líderes ao engajamento por uma transformação efetivamente possível e duradoura. O texto enfatiza três pilares centrais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; enfrentamento das mudanças do clima e transição justa; e reforma da governança global.
Construído com a contribuição de grupos historicamente marginalizados – como mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência, trabalhadores da economia formal e informal, comunidades tradicionais e pessoas em situação de rua –, o texto traz a demanda de mais participação desses segmentos nos processos de governança mundial. Os movimentos pedem uma reforma urgente para que instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos multilaterais reflitam a realidade contemporânea.
O Compromisso do G20 com a Sociedade Civil
A reformulação do Conselho de Segurança da ONU é vista como fundamental para ampliar a representatividade global e promover soluções mais justas e eficazes. A mudança do clima foi outro ponto destacado do documento. Os movimentos sociais exigem compromissos concretos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e proteger ecossistemas essenciais, como as florestas tropicais. A declaração propõe a criação de um fundo internacional para financiar ações de conservação e incluir as populações locais em atividades produtivas sustentáveis.
‘Vou levar as recomendações contidas na declaração final que vocês me entregaram aos demais líderes do G20 e trabalhar com a África do Sul para que elas sejam consideradas nas discussões do grupo’, disse o presidente Lula. ‘Espero que esse pilar social do G20 continue nos próximos anos, abrindo cada vez mais nossas discussões para o engajamento da cidadania’.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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