Questões geopolíticas inevitavelmente presentes nos próximos Jogos Olímpicos em Paris, com condições russas sob destaque devido a dois anos de conflito.
A presença marcante das questões geopolíticas e das tensões internacionais será inegável nos Jogos Olímpicos de Paris que ocorrerão de 26 de julho a 11 de agosto. Em um cenário globalmente conectado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) enfrentará o desafio de lidar com temas sensíveis que vão desde a Ucrânia até o Afeganistão, passando por Gaza e outros pontos críticos.
Nesse contexto complexo de interações entre diferentes nações, a geopolítica influenciará não apenas o andamento dos Jogos, mas também as relações internacionais estabelecidas entre os países participantes. A diplomacia esportiva se revela como uma ferramenta crucial para manter o equilíbrio e promover o respeito mútuo, demonstrando como o esporte pode transcender fronteiras e unir povos em busca de um objetivo comum.
Geopolítica: O conflito entre Ucrânia e Rússia continua
Duas anos de conflito entre Ucrânia e Rússia trouxeram à tona questões geopolíticas inevitáveis no cenário internacional. Após a invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, o mundo foi tomado por indignação, especialmente na Europa. Isso teve repercussões imediatas, inclusive no campo esportivo, com o banimento dos hinos, bandeiras e representantes russos e bielorrussos de competições internacionais.
As relações internacionais entre países foram testadas, levando a debates sobre como lidar com atletas que não estavam envolvidos na invasão. O Comitê Olímpico Internacional tomou decisões complexas, suspendendo inicialmente a participação destes atletas e estabelecendo condições rígidas para seu retorno gradual.
Os russos e bielorrussos agora só podem competir individualmente, sob bandeira neutra, e devem passar por controles adicionais. Além disso, as federações esportivas devem declarar que não apoiam ativamente a guerra na Ucrânia. Essas condições refletem a intensidade das questões geopolíticas envolvidas.
Enquanto a Ucrânia inicialmente exigiu a exclusão total dos russos, houve concessões ao longo do tempo. A possibilidade de convivência das delegações tornou-se viável, embora de forma limitada. O número reduzido de atletas russos e bielorrussos aptos a se qualificar para os Jogos reflete a complexidade da situação geopolítica em que se encontram.
Relações Internacionais em conflito: Israel e Gaza mantêm neutralidade olímpica
Enquanto o conflito entre Israel e Gaza persiste, o Comitê Olímpico Internacional se esforça para manter uma postura neutra, respaldada pela ideia de uma ‘solução de dois Estados’. Desde 1995, os Comitês Olímpicos Nacionais de Israel e Palestina coexistem, em meio ao processo de paz de Oslo.
Israel, até o momento, tem respeitado as tréguas olímpicas, sem anexar organizações esportivas palestinas. No entanto, os recentes bombardeios em retaliação a ataques do Hamas trouxeram danos às instituições esportivas palestinas, destacando as tensões existentes na região.
Embora o COI busque manter uma postura de neutralidade nesse conflito, as relações internacionais entre Israel e Gaza continuam sensíveis, refletindo as complexidades envolvidas em questões geopolíticas regionais de longa data.
Fonte: @ Gazeta Esportiva
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