Funcionários pedem melhores salários e bônus transparentes. Empresa nega impacto na produção de chips de última geração devido à greve.
Um sindicato que representa mais de 30 mil funcionários da Samsung no Brasil anunciou nesta quarta-feira (10) uma ‘paralisação por tempo indeterminado’. Os colaboradores da empresa buscam por melhorias salariais, além de outras reivindicações.
A Samsung, multinacional sul-coreana, está enfrentando desafios com a greve de seus funcionários no país. A empresa está em negociações com o sindicato para resolver as questões pendentes e retomar as atividades o mais breve possível.
A greve na Samsung e a pressão sobre a empresa sul-coreana
A Samsung, empresa sul-coreana, enfrenta a maior greve de sua história, o que aumenta a pressão sobre a companhia. Na semana passada, a Samsung anunciou uma previsão de alta expressiva no lucro operacional do segundo trimestre. Como a maior fabricante de chips de memória do mundo, a Samsung tem uma participação significativa na produção global de chips de última geração, essenciais para a inteligência artificial (IA) generativa.
A paralisação na produção pode impactar a fabricação de diversos produtos que dependem dos chips produzidos pela Samsung, embora a empresa tenha negado essa possibilidade à AFP. Enquanto isso, mais de 5 mil membros do sindicato iniciaram uma paralisação geral de três dias em busca de aumentos salariais e outros benefícios.
Novidades e desafios para a Samsung
Nesta quarta-feira, a Samsung anunciou uma série de novidades em Paris, incluindo o lançamento do Galaxy Ring, um anel inteligente que monitora o sono e as atividades físicas do usuário. Além disso, foram apresentados os novos dobráveis Z Flip6 e Z Fold6, juntamente com outros modelos.
As reivindicações do sindicato incluem um aumento salarial de 5,6% para todos os integrantes, bônus transparentes baseados no desempenho, compensações pelas perdas econômicas decorrentes da greve e um dia de folga no aniversário do sindicato. A greve geral, por tempo indeterminado, está programada para começar em 10 de julho, após a constatação de que a gerência não está disposta a negociar após a primeira greve.
Compromisso e desafios para a Samsung
A Samsung está comprometida em manter as negociações de boa-fé com o sindicato, apesar dos desafios enfrentados. Desde janeiro, a empresa tem estado envolvida em discussões com o sindicato sobre salários e benefícios. Após quase 50 anos impedindo a sindicalização de seus funcionários, a Samsung enfrenta agora a força de um sindicato que representa mais de 20% de sua força de trabalho.
O fundador da empresa, Lee Byung-chul, que era veementemente contra sindicatos, proibindo sua formação, viu essa política ser revertida após a fundação do primeiro sindicato em 2019. O atual presidente da empresa, Lee Jae-yong, neto do fundador, declarou o fim do princípio de não sindicalização em 2020, marcando uma nova era para a Samsung.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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