Recomposição salarial de 22% em três parcelas de 7,06% para centros de educação, com a primeira este ano, e o restante até 2026.
A partir de segunda-feira (15), professores de diversas instituições de ensino em todo o Brasil iniciarão uma greve em busca de melhores condições salariais. O movimento de greve foi decidido em assembleias realizadas em diferentes regiões do país, com a exigência de um reajuste salarial significativo. A categoria reivindica um aumento de 22%, a ser dividido em três parcelas ao longo dos próximos anos, sendo a primeira contemplada ainda em 2022.
Essa paralisação de atividades visa chamar a atenção das autoridades para a importância de valorizar a profissão docente e garantir condições dignas de trabalho para os educadores. O movimento de protesto tem o objetivo de pressionar as instituições de ensino a negociarem de forma justa e transparente, buscando equilíbrio e reconhecimento para os profissionais da educação em todo o país.
Greve nas Instituições de Ensino Superior
A Andes-SN destaca a importância da recomposição salarial e dos investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da defasagem desses investimentos no governo anterior, sob Jair Bolsonaro. Gustavo Seferian, presidente da Andes e professor de direito da UFMG, ressalta a necessidade de revisão na carreira dos professores e revogação de medidas restritivas que afetam direitos, especialmente relacionadas à aposentadoria e ao direito de greve.
Paralisação de Atividades e Movimento de Protesto
Segundo a Andes-SN, três instituições vinculadas ao sindicato já paralisaram suas atividades, com outras 17 programando entrar em greve. Cinco instituições anunciaram indicativos de greve, enquanto oito estão em estado de greve, sinalizando a possibilidade de paralisação em breve.
Negociações e Ações do Governo
O MEC informou que está participando de mesas de negociação a nível nacional e setorial para discutir as demandas dos servidores da educação. O governo Lula destaca que no ano passado concedeu reajuste de 9% a todos os servidores, demonstrando sensibilidade às questões salariais dos funcionários públicos.
Impacto da Greve nas Universidades
Além das 69 universidades, a greve afeta a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, englobando institutos, Cefets, escolas técnicas e universidades especializadas. O movimento, que teve início com os servidores técnico-administrativos, conta com a adesão dos professores em busca de melhorias salariais e na estrutura de carreira.
Participação nas Paralisações
As instituições vinculadas à Andes que aderem à greve na segunda incluem o Cefet-MG, IFPI, UNILAB, UnB, UFJF, UFOP, UFPel, UFV, entre outras. A Andifes, representante das universidades e centros de educação tecnológica, ressalta que a greve é um direito constitucional dos trabalhadores, assegurando autonomia às seções sindicais e servidores para decidirem sobre a participação nos movimentos de protesto.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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