Servidores federais pedem reestruturação de carreira, recomposição salarial e revogação de normas do governo Temer e Bolsonaro, segundo levantamento do G1.
De acordo com um levantamento recente, mais de 60 instituições de ensino estão passando por uma greve. Entre elas, encontram-se 42 universidades, 45 institutos federais, e dois campus do Colégio Pedro II.
Essa extensa paralisação é reflexo de um movimento paredista nacional que busca por melhores condições de trabalho e investimentos na educação. Os grevistas afirmam que a paralisia das atividades é necessária para chamar a atenção do governo e promover mudanças significativas no setor educacional.
Greve dos Educadores: Movimento Paredista se Amplia pelo País
Professores e servidores das instituições de ensino superior têm liderado uma greve em todo o Brasil, demandando a reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e a revogação de normas aprovadas durante os governos Temer e Bolsonaro. O levantamento realizado pelo G1 revela que os níveis de paralisação variam em diferentes estados e instituições.
No Norte do país, a greve atinge servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac), assim como os servidores do Instituto Federal do Amapá (IFAP) e da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) no Amapá. No Pará, diversas instituições, como a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto Federal do Pará (IFPA), também aderiram à paralisia. Em Rondônia, tanto a Universidade Federal de Rondônia (Unir) quanto o Instituto Federal de Rondônia estão paralisados.
Na região Nordeste, os movimentos paredistas ganham força. Na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e no Instituto Federal de Alagoas (IFAL), a paralisação é evidente. Na Bahia, 17 campi do Instituto Federal da Bahia também estão em greve. No Ceará, a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade Federal do Cariri (UFCA), a Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira (Unilab), e o Instituto Federal do Ceará (IFCE) também aderiram à paralisação. No Maranhão, técnicos e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) engrossam as fileiras das greves.
Já na Paraíba, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) estão com suas atividades paralisadas. Em Pernambuco, a greve afeta, pelo menos, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), enquanto no Piauí, dois campi do Instituto Federal do Piauí e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) Campus Teresina aderiram ao movimento paredista. No Rio Grande do Norte, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também estão em greve. Em Sergipe, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) encontram-se paralisados.
A greve demonstra a insatisfação dos educadores em relação às condições de trabalho e à falta de valorização da categoria. Os sindicatos, como o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), têm sido representantes ativos nesse movimento reivindicatório. Enquanto isso, o Ministério da Educação busca diálogo e alternativas de valorização dos servidores, participando de mesas de negociação e buscando soluções para a situação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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