Acusada de incêndio e apropriação, dona de Maracaípe luta por destino da praia no litoral Sul em família.
Muro na praia de Pernambuco Imagem: Divulgação Globo Um muro com extensão superior a 500 metros construído na praia de Maracaípe, em Ipojuca, litoral Sul de Pernambuco, tem sido o centro das atenções nos últimos dias. A controvérsia que perdura por mais de um ano envolve comerciantes, autoridades governamentais e uma família proprietária de um terreno. Receba as últimas novidades diretamente no WhatsApp!
A estrutura em questão, que se assemelha a uma cerca, tem gerado debates acalorados sobre a preservação ambiental e o direito de propriedade. O muro divide opiniões e levanta questões sobre o desenvolvimento urbano sustentável na região costeira de Pernambuco. Acompanhe as atualizações em tempo real!
Muro de troncos de coqueiros causa polêmica em Maracaípe
Em uma propriedade no litoral Sul de Pernambuco, a família Fragoso decidiu erguer uma estrutura peculiar: um muro feito de troncos de coqueiros. Essa barreira, que divide opiniões, está localizada no Pontal de Maracaípe, próximo ao encontro das águas do Rio Maracaípe com o Oceano Atlântico.
Desde 1970, os proprietários ocupam uma extensa área de mais de 10 hectares, situada na cidade de Ipojuca, vizinha de Porto de Galinhas. A intenção do muro, segundo a família, não é restringir o acesso à praia, mas sim proteger a propriedade de invasões e preservar a região, que sofria com o descarte inadequado de lixo.
No entanto, logo surgiram críticas. Comerciantes locais alegaram que a estrutura estava dificultando o acesso dos visitantes à praia, em desacordo com a legislação que garante o livre trânsito em áreas públicas. As queixas se intensificaram durante a maré alta, quando a faixa de areia ficava ainda mais reduzida, prejudicando as atividades comerciais.
Diante da pressão, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) de Pernambuco interveio, determinando judicialmente a remoção da cerca. Contudo, a família Fragoso obteve uma liminar que suspendeu temporariamente a demolição do muro, gerando mais debates sobre o assunto.
Em 2021, os proprietários entraram com um processo na Justiça para obter autorização de construção do muro, alegando a necessidade de proteger a propriedade de invasões e preservar o ambiente. No ano seguinte, a CPRH concedeu a permissão para a construção da estrutura, que foi aprovada pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
A polêmica em torno do muro de troncos de coqueiros na praia de Maracaípe continua, com os comerciantes reclamando dos impactos em seus negócios e a família defendendo a necessidade da barreira para garantir a segurança e a preservação do local. A batalha entre interesses comerciais e ambientais promete se estender, enquanto o muro permanece como um divisor de opiniões na região.
Fonte: @ Terra
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