Aumento de apostas em corte de juros nos EUA animou investidores, tornando mercados emergentes como o Brasil mais atrativos, um importante indicador para a carteira teórica de capitais.
Após uma semana marcada por altos e baixos, com a divulgação de indicadores econômicos importantes tanto no Brasil quanto no exterior, e a decisão de corte de juros no Banco Central Europeu (BCE), o Ibovespa conseguiu manter-se estável e recuperar o sinal positivo no acumulado do ano, que havia sido perdido temporariamente no pregão de quinta-feira. Essa recuperação foi um alento para os investidores.
O desempenho do Ibovespa foi influenciado pela Bolsa brasileira, que apresentou uma tendência de alta ao longo da semana. O índice, que é considerado um termômetro da economia brasileira, conseguiu superar as expectativas e fechar a semana no azul. A confiança dos investidores foi restaurada, e o Ibovespa se manteve como um dos principais índices da Bolsa brasileira, refletindo a resiliência da economia nacional.
O Ibovespa e a Bolsa Brasileira: Uma Análise do Mercado
A Bolsa brasileira experimentou um aumento significativo, impulsionada pelo otimismo global em relação ao corte de juros nos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, o mercado apostou em uma redução mais agressiva de meio ponto, o que animou os investidores. Quando maior o corte, menos atrativa é a renda fixa americana e mais atrativos se tornam os investimentos em mercados mais arriscados, como a Bolsa brasileira.
O Ibovespa, índice importante do mercado de capitais brasileiro, avançou 0,71% hoje, atingindo 134.882 pontos e encerrou a semana com ganhos de 0,23%. No mês, a queda é de 0,83%. O giro financeiro foi de R$ 15,1 bilhões, ante a média diária de R$ 16,6 bilhões nos últimos 12 meses.
O Ibovespa e a Economia Brasileira
Outro fator favorável foi o resultado do IBC-br, uma espécie de ‘PIB mensal’. O Ibovespa reage tanto a fatores externos, como a expectativa de cortes mais agressivos nos juros americanos, quanto a fatores internos, como a preparação do mercado para a decisão do Copom e os dados do IBC-Br. Ambos os cenários favorecem o movimento de alta, com o índice se aproximando dos 135 mil pontos, refletindo um otimismo cauteloso dos investidores.
Em 12 meses até julho, o IBC-br acumula alta de 2%. Já na comparação com julho de 2023, a alta é de 5,3%. No ano, o indicador sobe 2,6%. ‘Os dados seguem positivos e contratam crescimento do PIB próximo de 3% para o ano. Seus reflexos sobre a criação de vagas de trabalho e aceleração dos rendimentos perfazem pressão importante sobre a inflação de demanda e vêm sendo monitorados de perto pelo Banco Central’, avalia Marcela Kawauti, economista-chefe da Lifetime Asset Management.
O Dólar e os Juros
Após dados de inflação ao consumidor e ao produtor dentro do esperado, o mercado foi consolidando a idéia de que haverá um corte de 0,25 na taxa de juros americana na próxima quarta-feira. Mas as apostas em uma interferência mais agressiva, de meio ponto, cresceram após uma reportagem do Wall Street Journal e declarações do ex-presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley, sugerirem a possibilidade de um afrouxamento monetário mais intenso.
Em Nova York, os índices Nasdaq e S&P 500 tiveram a semana com melhor desempenho em 2024. As ações de tecnologia voltaram aos holofotes dos investidores depois de um período de rotação de carteira, em que a exposição a esses papéis deu lugar ao investimento em empresas mais tradicionais. Seguindo o bom humor do mercado internacional, o dólar recuou, diante de expectativa de queda de juros nos Estados Unidos. Neste contexto, os mercados emergentes voltam a ser atraentes para os investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo