Seca na Amazônia, causada por El Niño e aquecimento global, criou baixa umidade e alimentou muitos incêndios. Pessoas procuram melhores salários e trabalho, mas baixos reajustes impedem restauração. Políticas ambientais, total engagement, e prevenção são necessários contra gases-efeito-estufa e ignições. Criação de corta-fogo em áreas estratégicas, realização de queimadas prescricas.
A floresta amazônica do Brasil enfrentou os piores incêndios já documentados nos primeiros quatro meses do ano, e a entidade que representa os profissionais ambientais do país apontou parte da responsabilidade para a redução nos investimentos do governo no combate aos incêndios. Uma seca sem precedentes na região da floresta amazônica, impulsionada pelo fenômeno climático El Niño e pelo aquecimento global, contribuiu para que as condições de baixa umidade alimentassem as chamas este ano.
Mais de 12.000 quilômetros quadrados da floresta amazônica brasileira foram afetados por queimadas entre janeiro e abril, o maior índice em mais de duas décadas de registros compilados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A devastação causada pelas queimadas ressalta a urgência de ações efetivas para proteger a biodiversidade e combater o incêndios que ameaçam a maior floresta tropical do mundo.
Desafios e Impactos dos Incêndios na Amazônia
A extensão dos incêndios na Amazônia é maior do que o Catar, uma situação alarmante que tem despertado preocupações em todo o mundo. Diferentemente de incêndios naturais, as queimadas na região são frequentemente causadas por ações humanas, visando, muitas vezes, a limpeza de terras para atividades agrícolas. A quantidade de incêndios tem aumentado significativamente nos últimos anos, resultando em consequências devastadoras para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.
A queda de 21% no desmatamento no Pará entre 2022 e 2023, conforme dados do Inpe, é um sinal positivo, mas ainda há muito a ser feito para conter a destruição das florestas. A baixa umidade e as condições climáticas favoráveis têm contribuído para a propagação rápida do fogo, tornando essencial a implementação de medidas eficazes de prevenção e combate aos incêndios.
Os cortes no orçamento destinado ao combate aos incêndios também têm sido apontados como um fator que agrava a situação. Segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Pecma (Ascema Nacional), o orçamento do Ibama para esse fim sofreu uma redução de 24% em relação ao ano anterior. Os servidores do Ibama têm reivindicado melhores salários e condições de trabalho, destacando a importância de um engajamento total para enfrentar a crise.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se dedicado à proteção da floresta amazônica e à restauração do Brasil como referência em políticas ambientais. A Amazônia desempenha um papel crucial na absorção de gases de efeito estufa, sendo fundamental para mitigar os efeitos do aquecimento global. No entanto, a realização de queimadas prescritas e outras estratégias de prevenção dependem do apoio e da estabilidade dos profissionais envolvidos.
A conscientização sobre as causas e consequências dos incêndios, juntamente com a implementação de medidas preventivas, são essenciais para evitar tragédias ambientais. O engajamento da sociedade e o apoio às políticas de conservação são fundamentais para proteger a Amazônia e suas riquezas naturais. A criação de corta-fogo em áreas estratégicas e o investimento em equipes de combate aos incêndios são passos importantes para garantir a preservação desse ecossistema único.
Fonte: @ CNN Brasil
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