53 municípios da Amazônia aderem ao programa União com Municípios, visando frear as taxas de desmatamento e promover ações de proteção ambiental, exceto negacionistas.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, propôs o uso de emendas parlamentares como forma de aumentar os incentivos financeiros aos municípios da Amazônia que consigam diminuir as taxas de desmatamento em suas regiões. Em uma conversa com a CNN, Marina destacou a importância de recompensar cidades que estão engajadas em preservar suas áreas verdes, visando a proteção do meio ambiente e o combate à devastação ambiental.
É fundamental adotar medidas eficazes para deter a derrubada excessiva de árvores e promover práticas sustentáveis de desenvolvimento. Através do apoio financeiro e incentivos adequados, é possível impulsionar a proteção das florestas e garantir um futuro mais equilibrado para as próximas gerações. A ministra ressaltou que a preservação ambiental deve ser uma prioridade em todas as esferas da sociedade, combatendo assim o desmatamento de maneira efetiva e contínua.
Desmatamento: Um Desafio Urgente na Amazônia
A ministra ressaltou a necessidade de uma mudança estrutural no modelo de desenvolvimento, visando elevar a produtividade e inserir a bioeconomia de forma mais efetiva na região. Enquanto isso, o governo federal lançou o programa União com Municípios, direcionado às 70 localidades da Amazônia que mais contribuíram para a devastação ambiental, representando 78,1% do desmatamento nos últimos dois anos.
As taxas de desmatamento na região atingiram mais de 12 mil km² no período 2021/2022, porém apresentaram um declínio para menos de 8 mil km² em 2023. Para combater essa realidade preocupante, o governo está investindo cerca de R$ 730 milhões no programa, sendo R$ 600 milhões provenientes do Fundo Amazônia.
Os municípios que demonstrarem resultados significativos na redução do desmatamento e na implementação de ações de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável serão contemplados com mais recursos, como incentivos financeiros por serviços ambientais e auxílio na regularização fundiária. A participação ativa dos prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais é fundamental para o sucesso do programa.
Houve, até o momento, a adesão de 53 cidades prioritárias ao programa, incluindo Altamira (PA), uma das maiores em extensão territorial do país. As 17 localidades restantes têm até 30 de abril para se juntarem à iniciativa. A perspectiva é de que a totalidade dos municípios participe do programa até 2025, visando uma nova fase de ações.
No primeiro trimestre de 2024, os dados do Ministério do Meio Ambiente apontam uma redução de 40% no desmatamento da Amazônia em relação ao mesmo período do ano anterior. Contudo, o desafio consiste em manter essa queda, especialmente diante da proximidade da COP30 em Belém no próximo ano.
A ministra reafirmou o compromisso do Brasil em atingir o desmatamento ilegal zero na região até 2030, destacando a importância do programa com os municípios nesse contexto. Ela ressalta a necessidade urgente de ações de proteção ambiental, enfatizando que a preservação da floresta amazônica é vital para evitar consequências graves, como a seca de rios e a perda de biodiversidade.
A conscientização em relação ao desmatamento está crescendo, e a compreensão da urgência em enfrentar as mudanças climáticas se torna cada vez mais evidente. A destruição da floresta amazônica não é apenas um problema local, mas uma questão global que requer a cooperação de todos os envolvidos para garantir a sustentabilidade da região e do planeta como um todo.
Fonte: @ CNN Brasil
Comentários sobre este artigo