O índice das maiores empresas americanas caiu 4,3% em cinco dias, com o Nasdaq em queda de 5,8% e o Dow Jones recuando 2,9%.
O Índice S&P 500, que representa as principais empresas dos Estados Unidos, terminou a semana com uma desvalorização de 4,3%, a maior desde a falência do First Republic Bank, ocorrida em março de 2023. As bolsas americanas tiveram perdas semanais que chegaram a 5,8%, com destaque para a performance negativa do índice que reúne ações de tecnologia, o Nasdaq, que enfrentou sua pior semana desde 2022.
Além disso, o Índice S&P tem sido um reflexo das tensões no mercado, impactando diretamente as expectativas dos investidores. A situação atual do S&P 500 Index indica um cenário desafiador, e muitos analistas estão atentos às próximas movimentações que poderão influenciar a recuperação do mercado de trabalho. A volatilidade permanece alta.
Desempenho do Índice S&P 500 e do Dow Jones
No final do período analisado, o índice que reúne as ações industriais, conhecido como Dow Jones, apresentou uma queda de 2,9%. Na sessão de hoje, os índices enfrentaram uma forte desvalorização, influenciados pela divulgação do relatório de ‘payroll’ referente ao mês de agosto. O documento, que oferece uma visão mais abrangente do mercado de trabalho nos Estados Unidos, revelou dados que ficaram abaixo das expectativas. Com isso, a preocupação com uma possível recessão, que havia surgido brevemente no início do mês anterior, voltou a ser um tema relevante. Em resumo, o mercado demonstrava ansiedade pela redução das taxas de juros americanas, mas esperava que isso ocorresse por razões favoráveis, como uma diminuição da inflação.
Expectativas e Temores no Mercado
Atualmente, existe um receio de que uma queda ainda mais acentuada nas taxas de juros seja necessária para evitar uma desaceleração mais severa da maior economia do mundo. Assim, mesmo que a renda fixa nos Estados Unidos comece a oferecer retornos ainda menores ao longo do tempo, não há um aumento no apetite por investimentos nas bolsas de valores. Pelo contrário, mesmo com remunerações inferiores, os títulos do Tesouro americano continuam a ser vistos como extremamente seguros, mesmo em um cenário de recessão. Isso contrasta com as ações, cujos resultados podem ser afetados negativamente caso a atividade econômica diminua.
Resultados dos Índices e Análise Econômica
Ao término das negociações de hoje, o Dow Jones registrou uma queda de 1%, enquanto o Índice S&P 500 recuou 1,69% e o Nasdaq apresentou uma desvalorização de 2,53%. Segundo Andressa Durão, economista do ASA, os níveis atuais do payroll não são indicativos de uma recessão iminente. No entanto, ao se observar a média de três meses, há uma clara tendência de desaceleração da economia, o que gera riscos. A taxa de desemprego projetada pelo Fed era de 4% para o final deste ano, enquanto o nível atual é de 4,2%, refletindo uma situação preocupante.
Reunião de Setembro e Projeções Futuras
Diante desse cenário, Durão acredita que haverá uma revisão significativa nas expectativas durante a reunião de setembro, o que pode impactar as projeções de inflação para o próximo ano e, consequentemente, influenciar a trajetória dos juros. A economista conclui que o Fed pode optar por agir rapidamente para normalizar as taxas de juros, considerando o risco de uma deterioração adicional no mercado de trabalho. Entretanto, por ora, o Fed pode continuar com cortes sucessivos de 0,25 ponto percentual. Se surgirem sinais de uma piora adicional no mercado de trabalho, a economista acredita que o ritmo de redução das taxas de juros será acelerado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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