A ONG é financiada por patrocinadores e doações. Ativistas buscam institucionalizar o diálogo e o protagonismo para promover a transformação social.
Marielle foi uma importante figura política que marcou história no Brasil. Sua atuação como vereadora no Rio de Janeiro deixou um legado de luta pelos direitos humanos e pela justiça social. Infelizmente, sua vida foi brutalmente interrompida em um crime que chocou o país.
Além de sua atuação como vereadora, Marielle também foi uma renomada ativista dos direitos das minorias. Sua voz ecoava nas manifestações em defesa da igualdade de gênero, da população negra e da comunidade LGBTQ+. Sua morte deixou um vazio na política brasileira que ainda hoje ecoa nos corações daqueles que a admiravam e se inspiravam em sua dedicação incansável pela justiça. Um legado que jamais será esquecido.
Novo Instituto Marielle Franco com atuação intensificada
Após a noite de 14 de março de 2018, a família da vereadora assassinada Marielle Franco se viu envolvida por uma junção de sentimentos intensos: a dor, o luto, a indignação que – até hoje – serve como combustível para a busca por justiça, e a necessidade de não deixar morrer a luta da ativista por uma sociedade mais justa. A comoção causada pelos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes, por si só, potencializou em todo o país o nome da carioca negra, bissexual e criada na favela da Maré. Mas era preciso institucionalizar toda essa comoção e os sentimentos vivenciados pela família de Marielle.
Resgate da memória de Marielle e seu legado
Assim nasceu o Instituto Marielle Franco. O instituto traz esse resgate da história com o objetivo de responder às indagações sobre quem mandou matar Marielle. ‘Quem mandou matar Marielle mal podia imaginar que ela era semente, e que milhões de marielles em todo mundo se levantariam no dia seguinte’, diz o instituto em seu site. Financiado por meio de patrocinadores e doações de pessoas físicas, a organização tem como principais atuações a cobrança por justiça, a defesa da memória de Marielle – tão atacada por notícias falsas, e a personificação do legado político, atraindo e estimulando novas lideranças periféricas, principalmente mulheres negras e faveladas.
Novos rumos e desafios enfrentados pelo Instituto
Até 2022, o Instituto Marielle foi dirigido pela irmã da vereadora, Anielle Franco. Com a nomeação como ministra da Igualdade Racial do governo Lula, em 2023, o cargo foi ocupado por Lígia Batista, também mulher negra e periférica que conhecia Marielle desde antes de ela se tornar vereadora. A defesa dos direitos humanos foi o que uniu as duas. Lígia crê que ao defender a memória e semear os ideais de Marielle, o instituto consegue mudar realidades no país.
Foco na representatividade e na transformação social
O Instituto Marielle é mais uma organização no arco de movimentos da sociedade civil que busca levar protagonismo para cidadãos. Defendendo pautas progressistas e atuando em articulações com parlamentares, a instituição tem como objetivo provocar mudanças profundas na sociedade brasileira. Com uma agenda antirracista, antiLGBTfóbica, feminista e popular, o instituto busca promover a transformação cultural necessária para combater a desigualdade racial e de gênero no país.
Luta por justiça e continuidade da memória de Marielle
O entusiasmo pela participação política e pela defesa dos direitos humanos faz parte do cerne do Instituto Marielle. A instituição trabalha incansavelmente para garantir que crimes brutais como o assassinato de Marielle e Anderson não se repitam impunemente, servindo como uma força para a garantia da democracia e da justiça social no Brasil.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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