Mortes no Presídio Inspetor José, suspeita de overdose, segundo laudos técnicos do Depen-MG.
A Sejusp-MG está apurando as circunstâncias das 13 mortes de presidiários em Ribeirão das Neves. Há indícios de que as vítimas tenham falecido devido a overdose de drogas sintéticas, como as drogas K. A situação é alarmante e exige uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos.
Ao consumir substâncias ilícitas, as pessoas correm o risco de enfrentar uma situação de intoxicação grave, que pode levar à morte. O uso descontrolado e em excesso de drogas representa um perigo real para a saúde e a vida das pessoas envolvidas. É fundamental conscientizar sobre os riscos associados ao abuso de substâncias entorpecentes.
Investigação em Andamento sobre Mortes por Overdose
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em declaração ao Estadão, informou que as mortes, possivelmente causadas por overdose da substância K, estão sendo investigadas. É crucial aguardar os laudos da perícia técnica para estabelecer qualquer correlação entre as mortes e o uso excessivo de entorpecentes. Até que os laudos sejam concluídos, as unidades prisionais realizaram todos os procedimentos necessários.
Os últimos acontecimentos revelam um cenário preocupante, com sete detentos falecidos no Presídio Inspetor José Martinho Drumond em um período de dez dias. Por outro lado, de dezembro de 2023 a março de 2024, seis mortes foram registradas no Presídio Antonio Dutra Ladeira. Essas ocorrências impactaram diretamente a rotina carcerária e geraram questionamentos sobre a segurança nas unidades prisionais.
A Sejusp ressaltou que não é possível estabelecer nenhuma relação definitiva entre as mortes e o consumo de substâncias entorpecentes até que as investigações sejam concluídas. A Polícia Civil e o Depen-MG assumiram a responsabilidade de apurar minuciosamente as circunstâncias dessas tragédias, aguardando os laudos periciais como base para a análise.
Desafios em Identificar o Consumo de Substâncias Ilícitas
As drogas K, conhecidas como K2, K4, K9 e Spice, representam um sério desafio devido à sua natureza sintética e alto potencial de danos à saúde. Seus efeitos devastadores, que vão desde convulsões até paradas cardíacas fatais, exigem medidas rigorosas de prevenção no ambiente prisional. A realização de campanhas de conscientização sobre os malefícios do consumo de drogas e álcool se torna imperativa para combater a disseminação dessas substâncias.
A falta de detecção eficaz das drogas K intensifica as preocupações, uma vez que sua fácil dissimulação em objetos triviais as torna de difícil controle. O advogado Gregório Andrade destaca a gravidade dessas substâncias, capazes de transformar indivíduos em ‘zumbis humanos’ devido à sua toxicidade extrema. A dificuldade de acesso à informação por parte das famílias enlutadas revela a urgência de transparência do Estado em lidar com essas situações delicadas.
Transparência e Investigação Rigorosa diante das Mortes por Overdose
A Polícia Civil de Minas Gerais reiterou seu compromisso em elucidar as causas das mortes nas unidades prisionais de Ribeirão das Neves e aguarda os laudos periciais para embasar suas investigações. A transparência e a eficiência no processo investigativo tornam-se essenciais para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
A suspeita de overdose nas mortes de detentos tem gerado apreensão e levantado questionamentos sobre a segurança e o controle de substâncias ilícitas dentro das unidades prisionais. A complexidade dessas investigações ressalta a importância de uma atuação conjunta entre as autoridades policiais, periciais e jurídicas para garantir justiça às vítimas e suas famílias, bem como para prevenir futuros casos semelhantes.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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