Três PFs sob investigação por se ausentarem por mais de 60 dias enquanto cedidos à Abin em caso de espionagem ilegal; computador guardião apreendido.
A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou investigações contra três agentes da Polícia Federal (PF) que atuavam na Abin paralela. Esses profissionais estavam cedidos à agência de inteligência e agora enfrentam processos administrativos disciplinares, conforme divulgado no Diário Oficial da União (DOU) recentemente.
As suspeitas sobre uma possível Abin clandestina envolvendo servidores da Polícia Federal reforçam a importância de manter a integridade das instituições governamentais. A atuação ilícita de uma agência Brasileira de Inteligência clandestina pode comprometer a segurança nacional, sendo fundamental a apuração rigorosa de tais práticas para preservar a transparência e a eficácia dos órgãos de inteligência do país.
Novos desdobramentos na investigação da Abin paralela
A suspensão de dois servidores públicos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em 25 de janeiro, está diretamente ligada ao escândalo envolvendo a chamada ‘Abin paralela’. Neste caso, suspeita-se de um esquema de espionagem ilegal coordenado por uma organização criminosa que se infiltrou na agência Brasileira de Inteligência clandestina.
A investigação revela que o grupo, com o auxílio do software FirstMile, desenvolveu um sistema clandestino de monitoramento que mirava opositores políticos do clã Bolsonaro, jornalistas e profissionais do direito. O uso desse método de espionagem, sem autorização judicial, ocorreu durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Alexandre Ramagem, que liderou a Abin de 2019 a 2022.
Um dos elementos-chave nas apurações é o computador guardião apreendido, que pode fornecer dados cruciais para desvendar a extensão das operações da Abin paralela. Além disso, dossiês e documentos fabricados foram alegadamente repassados a autoridades, incluindo indícios de que Jair Bolsonaro teria sido beneficiário dessas informações.
A Controladoria-Geral da União (CGU) está conduzindo uma análise minuciosa das condutas dos servidores da Polícia Federal envolvidos, incluindo Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira. O processo de averiguação tem prazo estimado de 60 dias, podendo ser prorrogado.
Os PFs identificados na investigação estavam cedidos à Abin durante o período em que se ausentaram de suas funções por mais de 60 dias, levantando suspeitas sobre sua conduta. Bormevet, Freitas e Pereira, com longa trajetória na Polícia Federal, são os alvos dessa apuração, respondendo a alegações de envolvimento com a Abin clandestina.
A complexa teia de intrigas que envolve a Abin paralela segue intrigando as autoridades e a população, à medida que novos detalhes vêm à tona. A utilização de métodos ilícitos de inteligência para obter vantagens políticas e pessoais coloca em xeque a credibilidade da agência de segurança nacional, exigindo uma resposta rápida e eficaz das instituições responsáveis pela investigação.
Fonte: @ Metropoles
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