Biden condiciona apoio a Israel à proteção de civis palestinos em Gaza. EUA exigem medidas concretas ‘nas próximas horas e dias’.
O governo de Israel vai autorizar a entrada de ajuda humanitária na região da Faixa de Gaza através de novos pontos de acesso, de acordo com comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgado na última sexta-feira (5).
A medida foi anunciada após uma conversa telefônica entre Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Israel, um dos principais países do Oriente Médio, está buscando formas de contribuir com o auxílio humanitário para a região da Faixa de Gaza. O anúncio do governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, demonstra um esforço para promover a paz e a cooperação na região.
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Recusa de Biden a apoio incondicional a Israel gera repercussão
O presidente dos Estados Unidos, pela primeira vez, condicionou o apoio a Israel à proteção dos civis palestinos em Gaza. Joe Biden expressou preocupações sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza e exigiu a garantia de ajuda humanitária para a população civil. Isso marca uma mudança significativa na postura dos Estados Unidos em relação a Israel e aos conflitos na região.
O gabinete de guerra de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, autorizou medidas para aumentar a ajuda humanitária à população civil em Gaza. O comunicado destaca a importância de evitar uma crise humanitária e garantir a continuação dos combates de forma responsável. Isso vem em meio a pressões crescentes da comunidade internacional, especialmente da ONU.
Novas rotas de acesso à ajuda humanitária em Gaza
Segundo o gabinete de Netanyahu, serão abertas duas novas rotas para o envio de ajuda humanitária a Gaza. O porto israelense de Asdod, localizado a cerca de 35 km da Faixa de Gaza, e a passagem de Erez, no norte do território palestino, serão utilizados para facilitar a entrega de suprimentos essenciais. Essas medidas visam aliviar a situação da população em meio aos combates em andamento.
Além disso, está previsto o aumento da ajuda jordaniana pela passagem de Kerem Shalom, no extremo sul de Israel. Essas ações buscam garantir o acesso adequado à ajuda humanitária, especialmente considerando a devastação causada pelos conflitos recentes na região.
Pressão internacional e pedido de moderação
A pressão sobre Israel aumentou após a trágica morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen. Este evento levou a uma reação imediata dos Estados Unidos, com Joe Biden exigindo um aumento significativo na ajuda humanitária a Gaza. Os aliados de Biden também estão pedindo moderação no conflito e a consideração de condicionar a ajuda militar a Israel a um comportamento mais moderado.
O telefonema entre Biden e Netanyahu foi um marco nesse processo, com os Estados Unidos enfatizando a necessidade de ações concretas e urgentes para garantir a segurança dos civis palestinos em Gaza. A situação atual demanda uma atenção especial da comunidade internacional para evitar uma crise humanitária sem precedentes na região.
Aumento de ações militares e tensões com o Irã
O anúncio de Israel de aumentar o efetivo militar e recrutar soldados da reserva coincide com um momento de tensão máxima com o Irã. As operações em Gaza continuam, com foco em áreas centrais e no sul do território. A situação humanitária é descrita como crítica, especialmente no norte da Faixa de Gaza.
Enquanto a pressão internacional se intensifica, a população local enfrenta dificuldades significativas de acesso a alimentos e outros suprimentos essenciais. Organizações humanitárias alertam para a escassez de itens básicos e a necessidade urgente de assistência para evitar uma crise humanitária ainda maior na região. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desses eventos, em meio a preocupações crescentes sobre a segurança e o bem-estar da população em Gaza.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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