Planejo percorrer todos os estados até o segundo trimestre para reverter a queda na aprovação do governo, em busca de um terceiro mandato na corrida pelo Planalto.
A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido um tópico recorrente desde o início de seu terceiro mandato. Em 16 meses, ele ainda não visitou nove estados, o que tem gerado discussões sobre sua estratégia de abrangência nacional. No entanto, ainda neste segundo trimestre, Lula planeja ampliar sua presença em todo o Brasil, especialmente de olho nas eleições municipais que se aproximam em outubro. Seu objetivo é passar por todos os estados, incluindo aqueles que até agora não foram contemplados com sua visita. A expectativa é que essa movimentação impulsione ainda mais sua popularidade e fortaleça sua base de apoio.
A relevância dessas visitas vai além do aspecto político, visto que a presença do presidente em diferentes regiões do país pode impactar diretamente nas dinâmicas locais. Além disso, a inclusão de estados que ainda não receberam Lula durante este mandato demonstra sua intenção de fortalecer sua conexão com eleitores de todo o Brasil. A estratégia de intensificar o roteiro nacional mostra a importância de manter sua popularidade em alta e garantir sua relevância no cenário político atual.
Popularidade de Lula em queda: desafios e estratégias
Dos nove estados, Lula enfrentou derrotas para Jair Bolsonaro em quatro deles – Acre, Goiás, Rondônia e Santa Catarina. Em um movimento para contrapor essa situação, a equipe presidencial cogitou uma viagem do ex-presidente a Santa Catarina, estado governado por Jorginho Mello, apoiador de Bolsonaro. No entanto, devido à recente queda na popularidade do governo, a agenda teve que ser adiada, levando Lula a rever seus planos e repensar suas estratégias.
Durante o segundo trimestre, Lula optou por reforçar sua presença em estados com redutos eleitorais petistas, buscando consolidar sua base de apoio. Revisitando locais onde já havia marcado presença, como Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará, o ex-presidente repetiu roteiros conhecidos na tentativa de recuperar terreno e ganhar relevância política.
Enquanto o Palácio do Planalto planejava ampliar as agendas internas, a queda na aprovação do governo exigiu uma mudança de planos. Com a meta de visitar todos os estados até o final do primeiro semestre, Lula concentrou suas atividades apenas em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, este último cenário de uma agenda focada no agronegócio. Essa estratégia o levou a reconectar com bases importantes e tentar reverter a situação.
Diante do desafio de elevar sua popularidade, o governo planeja anunciar, ao longo do segundo trimestre, iniciativas voltadas para a população de baixa renda. A expectativa é que tais medidas também abordem a questão do acesso à água em áreas rurais e a regularização de assentamentos, visando conquistar apoio e reconquistar eleitores indecisos. A corrida pelo Planalto está em pleno curso, e cada movimento é crucial para definir o cenário político rumo às eleições de 2024.
Fonte: @ CNN Brasil
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