Maduro não comenta sobre assuntos internos de outros países. Estados Unidos querem ser autoridade eleitoral da Venezuela.
O líder da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou categoricamente que não haverá outra eleição no país em uma declaração feita hoje. Ele criticou a postura de Joe Biden em relação ao assunto e considerou a atitude do presidente dos Estados Unidos como uma interferência eleitoral.
Maduro reforçou sua posição em relação ao próximo pleito e destacou a importância da soberania nacional. Ele ressaltou que a decisão sobre a eleição cabe exclusivamente ao povo venezuelano e não a outros países. A postura do presidente venezuelano reflete a firmeza de suas convicções em relação ao processo eleitoral em seu país.
Eleição na Venezuela: Proposta de Novo Pleito Gera Controvérsia
Um novo pleito na Venezuela foi sugerido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a ideia foi endossada pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro. A proposta ganhou repercussão mundial após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ser questionado por uma jornalista sobre a possibilidade de novas eleições. Biden concordou, mas uma fonte do governo afirmou que o democrata não tinha entendido a pergunta. Maduro, por sua vez, criticou Biden, acusando-o de fazer uma diplomacia intervencionista ao querer opinar em assuntos internos da Venezuela.
Maduro afirmou que os Estados Unidos estavam tentando se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela, rejeitando veementemente essa possibilidade. O presidente venezuelano não mencionou Lula, mas ressaltou que a Venezuela não comentou alegações de fraude por parte de aliados de Jair Bolsonaro nas eleições brasileiras de 2022. Além disso, Maduro destacou que está trabalhando nas relações diplomáticas com a Colômbia e evitando comentar assuntos internos do país vizinho.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, também rejeitou a proposta de novas eleições, chamando-a de falta de respeito. Ela questionou a viabilidade de repetir eleições até que o presidente Maduro esteja satisfeito com os resultados, destacando a importância da transparência e da legitimidade do processo eleitoral. As eleições na Venezuela ocorreram em 28 de julho, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro reeleito para um terceiro mandato. No entanto, a oposição contesta os resultados, alegando que Edmundo González foi o mais votado com base em atas das urnas eleitorais.
Diante da pressão internacional, países como o Brasil e os Estados Unidos têm cobrado que as autoridades venezuelanas apresentem as atas das urnas para garantir transparência aos dados eleitorais. A controvérsia em torno da eleição na Venezuela continua a gerar debates e questionamentos sobre a legitimidade do processo eleitoral no país. A possibilidade de intervenção externa e a complexidade das relações diplomáticas entre os países envolvidos adicionam uma camada de incerteza a essa questão em andamento.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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