Secretaria de Educação Estadual: 20% de escolas sofreram danos em mobiliário, equipamentos ou estrutura até quinta-feira. Colégios municipais e privados, Censo Escolar 2023. Reestruturação: Secretaria de Educação, Secretaria de Obras Públicas, rede estadual. Prejuízos: mobilário, equipamentos, estrutura. Defesa Civil RS: colaboração necessária na reconstrução.
Além das várias residências que precisarão ser reconstruídas após as enchentes no Rio Grande do Sul, um desafio adicional se apresenta para o estado: a reestruturação de escolas no mínimo 426 escolas estaduais que foram afetadas pelas inundações.
É crucial para a comunidade educacional que as escolas sejam recuperadas o mais rápido possível, garantindo assim o retorno seguro dos estudantes às instituições de ensino. A reconstrução das escolas é fundamental para a continuidade do ensino e aprendizado, promovendo um ambiente propício para o desenvolvimento educacional dos alunos.
Escolas afetadas por temporais no Rio Grande do Sul
O governo estadual revelou ao g1 que, devido ao acesso comprometido às instituições de ensino, a Secretaria de Obras Públicas enfrentou dificuldades para realizar a vistoria até a quinta-feira (9). A Secretaria de Educação Estadual destacou a falta de detalhes, mencionando possíveis danos em mobiliário, equipamentos ou obras. Até o momento, não há uma estimativa do impacto nos colégios municipais e privados atingidos pelo desastre.
De acordo com o Censo Escolar 2023, existem 2.345 escolas estaduais no Rio Grande do Sul. Dessas, 954 (40,7%) foram afetadas de alguma forma pelos temporais em 236 municípios, seja por problemas de acesso ou danos físicos. Dentre essas escolas, 426 instituições de ensino (18,2% do total) sofreram danos físicos, enquanto 75 estão sendo utilizadas como abrigo para vítimas das inundações.
Mais de 330 mil alunos estão sem aulas, sendo que em Porto Alegre não há previsão de retorno. A Secretaria informou que, dos 738.749 estudantes da rede estadual, 331,2 mil (44,8%) tiveram suas aulas suspensas. Em algumas regiões, como Porto Alegre, São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul, Canoas e Gravataí, não há previsão de retomada das atividades letivas.
Em Pelotas e Rio Grande, as aulas permanecem suspensas até pelo menos sexta-feira, 10 de maio. Já em outras áreas, como Uruguaiana, Osório, Erechim, Palmeira das Missões, Três Passos, São Luiz Gonzaga, São Borja, Ijuí, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Bagé, Santo Ângelo, Bento Gonçalves, Santa Rosa, Santana do Livramento, Vacaria, Soledade e Carazinho, as escolas já foram reabertas.
As inundações resultaram em mais de 100 mortes, conforme o boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgado na quinta-feira (9). O número de mortos chegou a 107, com 136 desaparecidos e 374 feridos. Os temporais que assolam o estado desde o final de abril são atribuídos a diversos fenômenos climáticos, agravados pelas mudanças no clima.
Os meteorologistas apontam uma série de fatores, incluindo uma onda de calor nas regiões Sudeste e Centro-Oeste que bloqueia a saída da chuva, a presença de um cavado sobre o Rio Grande do Sul intensificando a instabilidade do tempo, um corredor de umidade vindo da Amazônia que aumenta a intensidade das chuvas, e os efeitos do El Niño, que aqueceu o Oceano Pacífico e impactou as temperaturas globais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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