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Os manifestantes realizaram hoje (16) uma manifestação em São Paulo em apoio aos direitos das mulheres. O protesto foi liderado pela Frente pela Legalização do Aborto do Estado de São Paulo e teve lugar na Avenida Paulista, próximo ao Cremesp, onde os manifestantes clamaram por mais acesso ao aborto seguro e legal.
Em meio aos gritos e cartazes, os protestadores expressaram sua indignação com a falta de políticas públicas efetivas para garantir o direito reprodutivo das mulheres. A presença dos manifestantes foi marcada por solidariedade e determinação, reforçando a importância da luta por um sistema de saúde mais inclusivo e respeitoso.
Manifestantes reivindicam cumprimento da lei em casos de aborto permitido
Os manifestantes expressam sua insatisfação com a prefeitura de São Paulo, alegando que a mesma não está cumprindo a legislação ao não atender ou dificultar o atendimento em situações em que o aborto é permitido. Eles também denunciam que o Cremesp tem adotado medidas de criminalização, afastamento e perseguição contra profissionais de saúde que prestam assistência a mulheres que têm direito ao aborto legal na região da Avenida Paulista.
Durante a manifestação, os protestadores vestiram lenços verdes e distribuíram pañuelos verdes, em uma clara referência à luta pela legalização do aborto na Argentina. Além disso, realizaram a entrega de uma coroa de flores ao Cremesp como forma de simbolizar as jovens que são afetadas pela criminalização.
Organizações femininas denunciam sindicâncias contra profissionais de saúde
Neste momento, diversas organizações feministas estão presentes em frente ao Cremesp para denunciar a abertura de sindicâncias contra profissionais da saúde que prestaram assistência a vítimas de violência sexual no Hospital Vila Nova Cachoeirinha, localizado na região de São Paulo. Tanto o Cremesp quanto a prefeitura de São Paulo têm sido acusados de perseguir esses profissionais.
‘Consideramos isso uma afronta democrática, pois o aborto legal é assegurado no Brasil desde 1940’, afirmou Tabata Pastore Tesser, integrante das Católicas pelo Direito de Decidir e da Frente Estadual pela Legalização do Aborto de São Paulo, em entrevista à Agência Brasil.
Profissionais de saúde enfrentam perseguição por atenderem casos previstos em lei
Maíra Bittencourt, obstetriz, parteira e membro do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde de São Paulo, destacou a gravidade da perseguição que os profissionais da saúde enfrentam por parte do Cremesp. Segundo ela, essa situação gera um clima de medo e intimidação entre os profissionais, mesmo quando estão agindo dentro da legalidade.
Essa forma de intimidação foi evidenciada recentemente com o caso de duas médicas que tiveram seus registros suspensos por realizarem abortos no Hospital Vila Nova Cachoeirinha. O Cremesp alega que essas profissionais estão sob investigação por práticas de aborto em casos não previstos em lei, porém os manifestantes interpretam essa ação como uma estratégia de intimidação.
Perseguição e intimidação afetam profissionais de saúde que atendem casos legais de aborto
Maíra Bittencourt ressalta que a perseguição aos profissionais de saúde é uma tática para intimidá-los e criar um ambiente de medo. Médicos, enfermeiros e técnicos da área da saúde acabam receosos em realizar o aborto legal, mesmo quando respaldados pela legislação.
De acordo com a lei brasileira, o aborto é permitido em casos de estupro, risco de vida para a mãe e anomalias fetais graves. No entanto, em dezembro do ano passado, o Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha suspendeu a realização desse procedimento, sem previsão de retomada, gerando preocupação entre os manifestantes e ativistas pela legalização do aborto.
Fonte: @ Agencia Brasil
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