Francis Ford Coppola relembra infância difícil em autobiografia, editada pela Editora Rocco, onde fala sobre sua relação com Al Jolson e Marlon Brando, em Nova York.
Na década de 1970, durante as filmagens de O Poderoso Chefão na Sicília, o então desconhecido Al Pacino enfrentou desafios inesperados. Em uma cena emblemática, o diretor Francis Ford Coppola pediu que ele interagisse com os moradores locais, que faziam parte da figuração. No entanto, a barreira linguística se tornou um obstáculo insuperável, pois nenhum deles falava inglês.
Essa experiência pode ter sido um desafio para o jovem Al Pacino, mas não o impediu de se tornar um dos maiores atores de sua geração. Seu personagem, Sonny Corleone, ou simplesmente Sonny, é um dos mais icônicos da história do cinema. Como um verdadeiro astro, Al Pacino conseguiu superar as dificuldades e se destacar em sua carreira, tornando-se um nome sinônimo de talento e dedicação. A arte de um ator é saber se adaptar às situações mais adversas.
Al Pacino: Um Astro de Cinema com uma Infância Miserável
Al Pacino, o ator que se tornou um ícone do cinema, cresceu em uma família italiana em Nova York, mas não dominava o italiano. Em um momento inusitado, Francis Ford Coppola pediu aos recém-casados que valsassem em uma cena de filme. Pacino não sabia dançar e, para piorar, não sabia dirigir. Coppola ficou perplexo e perguntou: ‘O que é que você sabe fazer?’. Essa é apenas uma das histórias que Al Pacino compartilha em seu livro ‘Sonny Boy: Autobiografia’, lançado no Brasil pela Editora Rocco.
O livro, com 320 páginas, poderia ter sido apenas uma coleção de histórias engraçadas e interessantes sobre a vida de Pacino, mas ele preferiu compartilhar sua infância miserável e solitária. O pai abandonou a família e a mãe, apesar de bondosa, sofria de problemas psiquiátricos. Pacino escreve: ‘O cinema era um lugar em que minha mãe podia se esconder no escuro, sem ter que dividir seu Sonny Boy com mais ninguém’. Ele explica que o apelido ‘Sonny Boy’ veio de uma música popular cantada por Al Jolson.
A Infância de Al Pacino: Uma História de Luta e Superar
Pacino conta sobre os primeiros anos com o olhar de um octogenário que não só narra como interpreta lembranças. Ele define a mãe como uma mulher linda, mas delicada e de emoções frágeis. A cena dela sendo levada em uma ambulância, depois de tentar o suicídio, marcaria o filho para o resto da vida. Ele afirma que, quando era criança, os relacionamentos com os amigos da rua o sustentavam e lhe davam esperança.
No bairro, ao lado de três amigos inseparáveis, que se perderiam no crime, Pacino parecia vencer a morte com frequência. Ele era como um gato, com muito mais do que sete vidas. A paixão pelo beisebol estimulada pelo avô talvez o tenha livrado da delinquência e das drogas. Ele gostava de jogar, mas se destacava mesmo nas peças da escola. Os colegas o chamavam de ‘o próximo Marlon Brando’. Fazer filmes não passava por sua cabeça, só o teatro.
Al Pacino: Um Astro de Cinema com um Único Oscar
Aos 16 anos, Pacino teve de largar os estudos para trabalhar e sustentar ele próprio e a mãe. O livro ‘Sonny Boy: Autobiografia’ custa R$ 79,90 e tem 372 páginas. A interpretação sensível de um tenente-coronel cego em ‘Perfume de Mulher’, de 1992, rendeu a Al Pacino seu único Oscar. No livro, Pacino revela como as dificuldades da vida ajudaram ele a compor muitos de seus personagens.
Fonte: @ NEO FEED
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