Morte de bebê de 6 meses em 2014 é o primeiro óbito do país em três anos; investiga-se ligação com epidemia global e orientação para vacinação.
A secretária da Saúde, Mariana Silva, enfatizou hoje a importância da imunização de gestantes e crianças contra a coqueluche. Essa recomendação foi feita após a notícia do falecimento de um bebê de 6 meses, em Fortaleza, no Ceará, na última sexta-feira (26). Este é o segundo caso fatal de coqueluche registrado na região em dois anos.
Além disso, é fundamental estar atento aos sintomas da tosse comprida e buscar ajuda médica imediatamente em caso de suspeita. A prevenção é a melhor forma de proteger a população contra essa doença altamente contagiosa. vacinação
Orientação para vacinação contra a Coqueluche
De acordo com a ministra, o caso não deve ser motivo de alarme, mas destaca a importância de manter uma vigilância constante em relação a qualquer problema de saúde. Nísia Trindade expressou tristeza pela morte do bebê no Paraná. Ela ressaltou a necessidade de vacinação como forma de prevenção da coqueluche. A ministra afirmou que estarão monitorando de perto e trabalhando para evitar novos casos. Ela participou de um evento no Rio de Janeiro sobre o enfrentamento global de pandemias emergentes. O estado do Paraná também está investigando se a morte de um bebê de 3 meses, em Irati, no sudeste do estado, pode estar relacionada à coqueluche. Até meados de junho, o estado havia registrado 24 casos da doença. No ano anterior, foram contabilizados 17 casos. Em 2014, o Brasil enfrentou um pico epidêmico, com 8.614 casos confirmados. Tanto o país quanto o mundo estão lidando com um aumento nos casos da doença.
Vigilância constante e enfrentamento da Coqueluche
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa aguda altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto de um indivíduo doente com uma pessoa não vacinada, através de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas incluem febre, mal-estar, coriza e tosse seca, que pode ser intensa. A coqueluche é especialmente preocupante em crianças pequenas, principalmente bebês com menos de um ano de idade, que ainda não completaram o esquema vacinal. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a doença costuma ter períodos de alta prevalência a cada cinco a sete anos.
Permanente saúde e vigilância contra a Coqueluche
O aumento recente no número de casos de coqueluche pode ser atribuído a diversos fatores, como a cobertura vacinal infantil abaixo do ideal e mutações na cepa da bactéria Bordetella pertussis, responsável pela doença. As vacinas contra a coqueluche fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, sendo recomendadas não apenas para bebês, mas também para gestantes e puérperas. O esquema vacinal primário para bebês consiste em três doses da vacina pentavalente, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b. As doses de reforço com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, são essenciais para manter a imunidade contra a doença.
Fonte: @ Agencia Brasil
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