Decisão da PGR foi motivada por ação, com requisitos de transparência e rastreabilidade, aplicando inovações simétricas nos sistemas.
O juiz João Silva, do Tribunal de Justiça (TJ), determinou hoje, em São Paulo, a liberação das ‘emendas Pix’ para o financiamento de projetos de infraestrutura. A medida foi solicitada por representantes de municípios que dependem desses recursos para melhorar a qualidade de vida da população. A decisão do magistrado ressalta a importância das emendas para o desenvolvimento regional e a redução das desigualdades sociais.
Além disso, os parlamentares estão atentos à necessidade de garantir a destinação correta dos recursos das emendas para áreas prioritárias, como saúde e educação. A transparência na aplicação dos recursos públicos é fundamental para assegurar o bom uso do dinheiro dos contribuintes e fortalecer a confiança na atuação dos representantes políticos. A fiscalização rigorosa das ações dos parlamentares é essencial para garantir a efetividade das políticas públicas e o atendimento das demandas da sociedade.
Desafios na Aplicação das Emendas Parlamentares
A liberação dos recursos está condicionada à decisão motivada de atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade dos recursos. Se é o parlamentar que impõe em que o dinheiro será gasto, exige-se, caso mantido o instituto na Constituição, inovações simétricas nos sistemas de controle, a fim de garantir que a Constituição seja cumprida de forma eficaz. Caso contrário, corremos o risco de um perigoso e inconstitucional jogo de empurra, em que ninguém se identifica como responsável pela aplicação de parcela relevante do dinheiro público, como alertou o ministro em sua manifestação.
Origem e Regulamentação das Emendas Parlamentares
As emendas parlamentares foram criadas por meio da Emenda Constitucional 105, de 2019, e permitem que deputados e senadores destinem emendas individuais ao orçamento da União por meio de transferências especiais. De acordo com a medida, os repasses não necessitam de indicação de programas específicos e celebração de convênios.
Controle e Fiscalização dos Recursos
Para a procuradoria, a emenda constitucional também retira a competência do Tribunal de Contas da União (TCU) para fiscalização dos recursos e a possibilidade de transparência e rastreabilidade do dinheiro público. Segundo a Associação Contas Abertas, deputados e senadores destinaram R$ 6,7 bilhões em ‘emendas Pix’ em 2023. Em 1° de agosto, Flávio Dino proferiu a primeira decisão sobre o caso e entendeu que esse tipo de emenda deve seguir critérios de transparência e de rastreabilidade. Consequentemente, a Controladoria-Geral da União (CGU) deverá realizar uma auditoria nos repasses no prazo de 90 dias para garantir a adequada aplicação dos recursos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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