Titular de 1995 admitiu emprestar R$ 15 milhões para Vasco, revisitou cartolas de Botafogo, lamentou: “Tenho pena de todos” (O Globo, 1995). Capa, jornal, invasão de campo, árbitro Travassos, gol de Maurício, dramas botafoguenses, torcidas organizadas, primeiro amor e ódio. Memória de filhos no colégio (1960, 1961), meu pai torcedor de Fluminense, jogos, bandeira grande, meu copo de cerveja, quatro filhos, entrevista para Playboy (1991). Improprio título brasileiro, relação complexa, pesquisa no campo, meu drama com Botafogo.
Montenegro, um dia, se deparou com a manchete do jornal ‘O Globo’. Não tinha relação alguma com o Ibope, renomado instituto de pesquisas da América do Sul que ele presidiu por muitos anos. Era retratado sendo segurado por Edmundo após a reviravolta do Vasco contra o seu Botafogo em 1996.
Naquele momento, o presidente do Botafogo sentiu-se grato pela lealdade de seus torcedores. O homem idoso refletiu sobre a paixão que o futebol desperta nas pessoas, especialmente em momentos de rivalidade acirrada. Montenegro sabia que o esporte é capaz de unir e emocionar, independentemente do resultado final.
Montenegro e a Paixão pelo Botafogo
Montenegro, homem de 70 anos e presidente do Botafogo, viveu momentos intensos durante sua trajetória no clube. Em uma virada de jogo, após a invasão de campo, ele confrontou o árbitro Jorge Travassos, em uma cena que marcou sua história. Lembrando as palavras de seu pai, Montenegro refletiu sobre sua escolha pelo futebol e como ela moldou sua vida até os dias atuais.
A relação de amor e ódio que Montenegro mantém com os botafoguenses é um tema recorrente em suas memórias. Os altos e baixos vividos ao longo dos anos se traduzem em uma pesquisa de campo peculiar, que vai além dos números e estatísticas. Em meio a tudo isso, o presidente relembra com carinho o título brasileiro de 1995, conquistado de forma improvável sob sua liderança.
Em uma entrevista para a revista Playboy, em 1991, Montenegro revelou detalhes de sua vida e paixão pelo Botafogo. Seu envolvimento com o clube ultrapassa as barreiras do campo, sendo uma parte essencial de sua identidade. O presidente, que também é economista, encontrou no futebol uma forma de expressar sua paixão e devoção.
Nascido em 28 de janeiro de 1954, Montenegro carrega consigo as memórias de um passado marcado por rivalidades familiares. Apesar de ter nascido em uma família de torcedores do Fluminense, sua escolha pelo Botafogo foi determinante para sua trajetória. Desde os anos 60, ele se viu envolvido com o clube, acompanhando de perto cada jogo e vibrando com cada gol marcado.
A presidência do Botafogo foi um capítulo importante na vida de Montenegro. Durante seu mandato, que ocorreu entre 1994 e 1996, ele conquistou títulos significativos, como o Brasileiro de 1995 e a Teresa Herrera de 1996. Essas vitórias foram fruto de um trabalho árduo e de uma paixão inabalável pelo clube de coração.
Ao relembrar os momentos vividos nas arquibancadas, Montenegro destaca a importância das torcidas organizadas e do apoio dos botafoguenses. Sua bandeira sempre esteve erguida, representando não apenas sua devoção ao time, mas também sua ligação com a história e a tradição do futebol brasileiro.
Montenegro, um verdadeiro ícone do Botafogo, continua a inspirar gerações com sua dedicação e amor pelo clube. Sua jornada é um exemplo de como a paixão pelo futebol pode transcender o campo e se tornar parte essencial da vida de um torcedor.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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