Órgão afirma que organizadores do festival de rock assumiram risco de matar João Vinicius Ferreira, 25, eletrocutado em um food truck, devido à supervisão técnica inadequada.
Em um novo capítulo do caso que chocou o país, o Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou denúncias contra 13 indivíduos e solicitou a prisão preventiva de nove pessoas em conexão com a morte do jovem universitário João Vinícius Ferreira, de apenas 25 anos. A tragédia ocorreu em um festival de rock na Barra da Tijuca, no dia 10 de março, quando o estudante foi vítima de uma descarga elétrica.
A investigação revelou uma série de falhas e negligências que contribuíram para o óbito do jovem. Além disso, a denúncia também destaca a responsabilidade de alguns dos envolvidos no evento, que podem ter agido de forma imprudente ou até mesmo com intenção de causar dano. A morte de João Vinícius Ferreira não foi apenas um acidente, mas sim um resultado de uma série de erros que poderiam ter sido evitados. A justiça deve ser feita para que casos como esse não se repitam no futuro.
A Morte Trágica de João Vinicius
A denúncia apresentada pelos promotores na última quarta-feira (10) revela que os organizadores do festival I Wanna Be Tour assumiram o risco de causar a morte de João Vinicius, que faleceu após ser eletrocutado ao encostar em um food truck durante o evento. A investigação aponta para falhas graves, incluindo a presença de apenas dois eletricistas para um show com 12 mil pessoas, falta de supervisão técnica e alteração da cena da morte.
A empresa responsável pelo festival, a 30e, é uma produtora que também organiza eventos como a próxima turnê de Gilberto Gil, em 2025, e apresentações do cantor Roberto Carlos no fim de novembro deste ano. No entanto, a empresa não se pronunciou sobre o caso, apesar de ter sido procurada pela reportagem na quinta (31) e na sexta (1º).
A Investigação Revela Falhas Graves
As investigações apontam que a conduta dos indiciados, além de resultar em um homicídio por dolo eventual, demonstra ser uma prática usual do grupo, revelando fragilidade e amadorismo na organização por eles conduzidos. A mãe de João, Roberta Isaac, afirma que ‘perder um filho em um evento que deveria ser seguro é algo que nenhuma mãe deveria enfrentar’. Ela também destaca que ‘esse processo precisa levar em consideração a vida que se perdeu, para que nada seja tratado com descaso ou esquecimento’.
As testemunhas afirmaram à polícia terem sentido os choques elétricos antes da morte de João e alertado a organização. No entanto, as tomadas foram conectadas a fontes inadequadas, sem isolamento, e aterradas para encobrir o escape de energia. Uma empresa terceirizada, contratada por R$ 86 mil, enviou apenas dois eletricistas com uma diária de R$ 220 e três ajudantes. O engenheiro eletricista responsável, Eli Felipe Valadão Belo, não compareceu ao evento e é um dos denunciados sob acusação de homicídio.
A Prisão Preventiva e a Cena da Morte
As investigações apontaram que, após a descarga elétrica, quatro responsáveis pelo evento ordenaram a desmontagem dos food trucks e dificultaram o trabalho da perícia. O Ministério Público deu dez dias para que os denunciados enviem uma resposta por escrito à Promotoria. Em julho, a 30e anunciou a segunda edição do festival para os dias 15 e 22 de fevereiro, em São Paulo e Curitiba. Os ingressos estão esgotados, mas a sombra da morte de João Vinicius paira sobre o evento. O assassinato de João é um lembrete trágico da importância da supervisão técnica e da segurança em eventos de grande porte. A prisão preventiva dos responsáveis pode ser uma medida necessária para garantir que a justiça seja feita.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo