Denúncias de drones e bloqueadores de celular em áreas rurais, movimento dos trabalhadores e instituto nacional da reforma agrária.
O trabalho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi recentemente alvo de críticas devido à interação com a polícia militar. Em uma situação ocorrida em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, a presença da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) em operação levantou questionamentos. Nas redes sociais, uma imagem viralizou, mostrando sete agentes da PM em um cenário rural, dialogando com diversas pessoas da comunidade.
A atuação das forças policiais em áreas rurais sempre gera debates sobre segurança e direitos humanos. A comunicação entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a corporação militar deve ser pautada no respeito mútuo e na garantia dos direitos dos cidadãos. A transparência nas ações da polícia militar é fundamental para manter a confiança da população nas instituições de segurança pública.
Polícia Militar atua em Assentamento Josué de Castro
Segundo a publicação, a ação da polícia militar envolveu mais de dez viaturas que cercaram o Assentamento Josué de Castro, que é reconhecido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde 2007. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) relata que ocorreu intimidação das famílias assentadas, além do uso de drones e bloqueadores de sinal de celular.
Este incidente ocorre em meio a uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre possíveis ações policiais desproporcionais em assentamentos de reforma agrária na região de Campos dos Goytacazes. A dirigente do MST e deputada estadual Lucia Marina dos Santos (PT), conhecida como Marina do MST, expressou seu pesar diante da situação.
A tentativa de contato com as famílias no assentamento foi frustrada devido ao bloqueio do sinal de celular. A deputada questionou em suas redes sociais o motivo pelo qual a Polícia Militar estava impedindo a comunicação entre ela e as famílias.
Operação da Polícia Militar em Campos dos Goytacazes
A Secretaria de Estado de Polícia Militar confirmou que uma operação foi realizada no município de Campos dos Goytacazes, especialmente na região do Morro do Coco, visando garantir segurança e ordem diante da possibilidade de invasões ilegais a propriedades locais. As equipes do 8º Batalhão de Polícia Militar e da 146ª Delegacia da Polícia Civil atuaram com base em informações estratégicas compartilhadas.
Até o momento, não há informações sobre detenções ou resultados da operação. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra havia anunciado o início da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, coincidindo com a data da operação policial.
Jornada Nacional de Lutas e Ações do MST
A Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, ocorrida em vários lugares do país, destaca a importância da reforma agrária para a segurança alimentar, preservação ambiental e democratização da terra. Uma das ações ocorreu em Campos dos Goytacazes, onde cerca de 300 famílias ocuparam as margens da BR-101 em busca da regularização do Assentamento Cícero Guedes, habitado por trabalhadores rurais há mais de duas décadas.
O MST critica a postura dos agentes de segurança pública na região, acusando-os de colaborar com os proprietários rurais e de restringir direitos fundamentais, como a liberdade de reunião e associação. O Ministério da Cidadania revela que, em 2020, mais de 236.500 indivíduos estavam em situação de vulnerabilidade social em Campos dos Goytacazes.
Fonte: @ Agencia Brasil
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