Artigo de Ana Carolina Gozzi sobre liderança e desafios das mulheres no mercado imobiliário: aumentando participação e representatividade com benefícios e horários flexíveis.
Como uma jovem liderança feminina no mercado imobiliário, vivencio de perto as mudanças e os desafios que o mercado nos apresenta. Nos últimos tempos, observamos um crescimento considerável na presença feminina em diferentes segmentos do mercado imobiliário. Essa evolução é marcada por avanços significativos, porém também por barreiras que ainda precisamos enfrentar no mercado.
É inspirador ver mais mulheres se destacando no ramo imobiliário, contribuindo para a diversidade e a inovação no mercado de imóveis. A busca por igualdade de oportunidades e reconhecimento no mercado é um caminho desafiador, mas que estamos trilhando com determinação. Acredito que, juntas, podemos continuar transformando o mercado e conquistando nosso espaço de forma cada vez mais expressiva.
Participação feminina no mercado de imóveis: crescimento e desafios
A representatividade feminina no setor de imóveis está em ascensão, com um aumento significativo na liderança das principais empresas do mercado. Segundo a pesquisa ‘Raio-x da Corretora’, a participação feminina em cargos de liderança atingiu quase 40% em 2023. É evidente o crescimento das mulheres ocupando espaços antes dominados majoritariamente por homens.
As empresas estão cada vez mais conscientes da importância da diversidade no mercado e estão implementando programas para fomentar a inclusão. A busca por equidade de gênero tem levado a iniciativas como horários flexíveis e home office, especialmente para mães em fase de amamentação, visando facilitar a conciliação entre vida profissional e pessoal.
Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados. O relatório do Ministério do Trabalho e das Mulheres revelou que as mulheres ganham em média 19,4% a menos que os homens no Brasil. No mercado de imóveis, essa disparidade salarial é ainda mais acentuada, chegando a 25,2% em cargos de liderança.
Além das questões salariais, o preconceito e o assédio no ambiente de trabalho continuam sendo obstáculos para as mulheres. Situações de assédio moral e sexual, aliadas a uma cultura machista presente em muitos escritórios, prejudicam não apenas o desempenho profissional, mas também a saúde mental e o bem-estar das mulheres no mercado.
Para enfrentar esses desafios, é essencial investir em programas que promovam a inclusão e a igualdade de oportunidades. A criação de ambientes de trabalho inclusivos, onde a diversidade é valorizada e respeitada, é fundamental para permitir que todos os profissionais alcancem seu potencial máximo.
Isso envolve a implementação de políticas de recrutamento que priorizem a diversidade, programas de mentoria para grupos sub-representados e a adoção de tecnologias acessíveis e inclusivas. Somente assim será possível garantir que as mulheres no mercado de imóveis possam prosperar e contribuir plenamente para o crescimento do setor.
Fonte: © Estadão Imóveis
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