O comunicado da OAB-RJ negou pressão em defesa do delegado, reabertura de inquéritos ou troca de comando, esclarecendo a situação.
A suposta pressão em apoio ao delegado do processo Marielle gera tumulto na OAB-RJ. A representação no Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil emitiu, hoje (8/4), um comunicado no qual rejeita qualquer forma de pressão relacionada à substituição do líder da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da instituição.
A acusação de coação para proteger o delegado do caso Marielle está tumultuando a situação na OAB-RJ. A entidade está tomando medidas para dissipar qualquer suspeita de influência inadequada na mudança do comando da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária.
Pressão sobre a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ
A recente manifestação de 140 advogados renunciando à comissão foi desencadeada por uma reportagem da jornalista Juliana Dal Piva, que revelou pressões sofridas em defesa do delegado Rivaldo Barbosa. O presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, teria interferido para vetar a revisão das investigações relacionadas ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes, levando a renúncias em massa.
Impacto da Pressão na Comissão
A pressão sobre a defesa do delegado Barbosa começou após declarações de Álvaro Quintão, secretário-geral da OAB-RJ, a favor da reabertura de inquéritos arquivados. A troca de comando na comissão se tornou iminente, com ameaças de exoneração para aqueles que insistissem na defesa da revisão das investigações conduzidas pelas autoridades em questão.
Repercussões na OAB-RJ
Ítalo Pires Aguiar, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, confirmou publicamente as pressões enfrentadas. A postura em defesa do delegado Barbosa gerou tensões, levando à sua exoneração e à renúncia de importantes membros como Quintão e Marcello Oliveira, diante da situação crítica instaurada na instituição.
Posicionamento da OAB-RJ diante das Pressões
A OAB-RJ divulgou nota refutando informações falsas sobre a troca de comando na Comissão de Direitos Humanos e a solicitação de reabertura de inquéritos sob suspeição. A entidade reafirmou sua posição pela revisão das investigações conduzidas por autoridades policiais, independentemente de pressões internas, mantendo seu compromisso com a cidadania, democracia e defesa dos direitos civis. A nova direção da Comissão de Direitos Humanos trabalhará para restabelecer a comunicação com o sistema de justiça e garantir a eficiência na prestação de serviços públicos.
Fonte: © Conjur
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