Reunião agendada para o dia 22 sobre a varíola dos macacos, considerada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde, especialmente na República Democrática do Congo, na África.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou seu comitê de especialistas internacionais para uma reunião no próximo dia 22 para avaliar se o surto de mpox, uma zoonose viral que já foi conhecida por outros nomes, ainda representa uma ameaça global. A reunião visa definir se o mpox continuará sendo considerado uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês).
É importante lembrar que o mpox é uma doença viral que pode ser transmitida entre humanos e animais, e que já foi conhecida como “varíola dos macacos” e monkeypox. A OMS está monitorando de perto a situação e trabalhando em estreita colaboração com os países afetados para controlar a propagação da doença. A vigilância contínua é fundamental para prevenir novos casos e proteger a saúde pública. A reunião do comitê de especialistas internacionais será um passo importante para avaliar a situação atual e tomar decisões informadas sobre como proceder.
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional: mpox
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acionou o mais alto nível de alerta para uma doença em circulação pela segunda vez neste ano, devido à disseminação de uma nova cepa mais letal do vírus mpox. Segundo o último balanço da entidade, com dados fechados em 3 de novembro, o mundo registrou 109.699 casos e 236 mortes por mpox em 123 países. A África concentra a maior parte das notificações, totalizando 11.148 casos confirmados, dos quais 3.119 foram apenas no período de 23 de setembro a 3 de novembro.
A República Democrática do Congo, onde se concentram os casos da nova variante, totaliza 1.647 casos. No cálculo que inclui os episódios suspeitos, o número sobe para 10.875. A OMS informou que o Reino Unido teve o primeiro caso de transmissão local que ocorreu de uma pessoa que viajou para o leste africano e transmitiu o vírus para três pessoas da família. Houve ainda uma infecção confirmada de um viajante na Irlanda do Norte.
Varíola dos Macacos: mpox
A tendência é de que os casos continuem aumentando em países da África por causa dos episódios relatados na República Democrática do Congo, Burundi — que teve mais de 200 registros nas últimas duas semanas — e Uganda. Ainda de acordo com a OMS, foi finalizada a primeira rodada de imunização contra a doença na República Democrática do Congo e 51.500 pessoas foram vacinadas.
A preocupação com a nova linhagem, o clado Ib que está em surto principalmente na República Democrática do Congo, tem relação com o fato de ela levar a quadros mais graves e ser mais letal. Enquanto a cepa anterior, o clado II, matava 1% dos acometidos, a nova versão chega a 10%. Diante dessa constatação e da rápida disseminação da cepa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em agosto deste ano o retorno da emergência global para a mpox.
Monkeypox: Emergência de Saúde Pública
Até o momento, foram confirmados casos da nova variante na República Democrática do Congo, Ruanda, Uganda, Quênia e Burundi. Suécia, Tailândia, Índia, Alemanha e Reino Unido tiveram episódios importados. A nova cepa não foi detectada no Brasil nem em outros países das Américas. A emergência global pela doença, que causa erupções na pele e pode matar, foi declarada pela primeira vez em 2022 e encerrada em maio do ano passado, quando o surto foi contido e o vírus demonstrou que não estava levando a mudanças nos sintomas nem na gravidade dos casos.
A mpox foi descoberta em 1958 e chegou a ser chamada de varíola dos macacos por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles. Entre os sintomas, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, entre outros.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo