Em coletiva de imprensa, diretores da entidade defenderam ações direcionadas para aumentar a cobertura vacinal e proteger pessoas vulneráveis em regiões com nível perigoso baixo de imunização.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) comunicou, nesta sexta-feira (19/4), sobre a redução das taxas de vacinação nos países das Américas. No caso do Brasil, o foco principal é evitar o ressurgimento do sarampo. ‘A prevenção do sarampo está em níveis preocupantemente baixos, especialmente levando em conta a alta transmissibilidade desse vírus.
É crucial reforçar a importância da vacinação para combater o sarampo e proteger a saúde coletiva. A prevenção é a melhor estratégia para evitar surtos e complicações relacionadas ao sarampo. Manter a imunização em dia é fundamental para a saúde pública.
O desafio da prevenção do sarampo em meio a pessoas vulneráveis
Bolsões de pessoas vulneráveis ao sarampo estão sendo mantidos, o que, caso a cobertura não avance adequadamente, pode levar a surtos da doença, alertou Jarbas Barbosa, diretor da Opas, em coletiva de imprensa on-line. A Opas recomenda ações mais ativas nas regiões geográficas e entre os extratos populacionais que concentram a maior quantidade de pessoas não-imunizadas.
‘Nós temos as vacinas disponíveis, mas elas não estão alcançando todos os indivíduos. Precisamos de postos de saúde funcionando em horários especiais, ações nas escolas e campanhas de conscientização contínuas’, ressaltou Daniel Salas, gerente executivo do Programa Especial Integral de Imunização da Opas.
No Brasil, a vacinação contra o sarampo é feita com a tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba, distribuída de forma gratuita pelo SUS. Embora a cobertura da segunda dose esteja em torno de 70% da população, alcançar uma imunização igualitária em todo o país ainda é um desafio.
O diretor Jarbas enfatizou a importância de esforços contínuos e altos índices de vacinação por no mínimo quatro anos para garantir a segurança contra o sarampo. O vírus do sarampo é altamente contagioso e pode causar complicações graves, especialmente em pessoas não vacinadas.
Na América, os níveis de vacinação pré-pandemia ainda não foram completamente restabelecidos, com aproximadamente 1,2 milhão de crianças com menos de 1 ano de idade na região que nunca receberam vacinas. Além disso, 15% das crianças nessa faixa etária não completaram o esquema de imunização adequado, o que as torna vulneráveis a doenças evitáveis, como o sarampo.
A persistência de pessoas não imunizadas aumenta o risco de surtos da doença em diferentes partes do mundo. É fundamental que as autoridades de saúde intensifiquem os esforços de vacinação, garantindo acesso equitativo às vacinas e promovendo a conscientização sobre a importância da imunização. Juntos, podemos combater o sarampo e proteger a saúde de toda a população.
Fonte: @ Metropoles
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