Miguel Gutierrez e Anna Christina Ramos Saicali, ex-dirigentes, com mandados de prisão, ligados a investidores, na Difusão Vermelha da Interpol.
A Polícia Federal (PF) divulgou hoje que os dois indivíduos procurados por mandados de prisão na Operação Disclosure, que visa apurar irregularidades na companhia varejista Americanas (AMER3), estão em fuga no exterior.
As autoridades continuam em busca dos fugitivos ligados à empresa de varejo Americanas, que é uma das maiores do setor no Brasil. A investigação sobre as fraudes nas Lojas Americanas segue em andamento, visando garantir a transparência e integridade no mercado.
Operação da PF envolvendo ex-diretores da Lojas Americanas
Recentemente, Miguel Gutierrez, ex-presidente da companhia, e Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora da varejista, tiveram seus nomes incluídos na Difusão Vermelha da Interpol pelo Núcleo de Cooperação Internacional. A investigação, que tem como foco ex-diretores da empresa Americanas, revelou que outros executivos, incluindo da área de relações com investidores e do departamento de vendas, também estão sob investigação.
Além de Gutierrez e Saicali, a operação da Polícia Federal mira em Marcio Cruz Meirelles, José Timotheo Barros e Fabio Abrate. Também estão na lista ex-diretores que mantinham relações diretas com o alto escalão, como Carlos Padilha, ex-financeiro da Lojas Americanas, e João Guerra Duarte Neto, que atuou como diretor de tecnologia na empresa por 31 anos.
Outros nomes de destaque na investigação são Luiz Augusto Henriques, ex-diretor executivo da Lojas Americanas, Anna Christina Sotero, ex-diretora comercial da B2W, e Raoni Lapagesse, ex-relações com investidores da B2W. A lista de diretores foco da operação inclui ainda Jean Pierre Ferreira, Fabien Picavet, Murilo dos Santos Correa e Maria Christina Do Nascimento.
A operação conjunta da Polícia Federal com o Ministério Público Federal (MPF/RJ) tem como objetivo esclarecer a participação dos ex-diretores da empresa Americanas em fraudes contábeis que chegam a expressivos R$ 25,3 bilhões. A investigação contou com o suporte técnico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme informado pela PF.
Esses desdobramentos recentes evidenciam a complexidade das relações no mundo corporativo e a importância de investigações minuciosas para garantir a transparência e a integridade no setor de varejo. A repercussão dessas ações da PF certamente terá impactos significativos no cenário empresarial nacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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