Barco de 15m encontrado à baía por pescadores, com corpos em estado de decomposição, inspetores navais acionados.
A operação de resgate do barco encontrado à deriva, com corpos em estado de decomposição, em Bragança, no Pará, a 215 km de Belém, foi iniciada pela Polícia Federal e pela Marinha na manhã deste domingo, 14. O barco, que possui 15 metros de comprimento por 2 metros de largura, foi avistado no sábado, 13, por pescadores na Baía do Maraú. Além disso, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado estão colaborando ativamente no resgate da embarcação.
As equipes de salvamento estão empenhadas em garantir a segurança da operação de resgate e o rapido socorro às vítimas. A colaboração entre os órgãos envolvidos é fundamental para o sucesso da missão de resgate e recuperação dos corpos encontrados no barco. A ação coordenada entre as instituições é essencial para lidar com situações de resgate complexas e delicadas.
Equipe de resgate enfrenta desafios na localização de barco encontrado à 20 quilômetros de distância
O resgate das possíveis vítimas a bordo do barco encontrado à 20 quilômetros de Tamatateua está sendo impactado pelo tempo chuvoso e pelas marés difíceis, prolongando as operações ao longo do dia. Há indícios de que os tripulantes sejam estrangeiros em busca de imigração marítima, aumentando a complexidade do salvamento.
No entanto, pescadores que descobriram a embarcação relataram uma cena trágica: corpos em estado avançado de decomposição a bordo. Essa triste realidade trouxe à tona a urgência do resgate e da identificação das vítimas, impulsionando a ação do Ministério Público Federal, que iniciou duas investigações para esclarecer os fatos.
Inicialmente, o MPF divulgou informações conflitantes sobre o número de corpos, destacando a necessidade de confirmação antes de avançar. Enquanto isso, a Marinha mobilizou inspetores navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental para analisar a situação de perto, essencial para a abertura de futuras investigações.
Os desafios logísticos não param por aí, já que o local onde o barco será levado para análise pode mudar devido às condições das marés. Contudo, equipes especializadas estão se deslocando para o ponto de resgate, incluindo peritos e papiloscopistas, visando a identificação das vítimas e a coleta de evidências.
Para lidar com a complexidade da situação, serão adotados protocolos de identificação de vítimas de desastres, semelhantes aos utilizados após o trágico episódio da Barragem de Brumadinho. Essas medidas buscam garantir transparência e justiça durante todo o processo de recuperação e investigação, dividido entre esferas criminal e civil.
O MPF, através do procurador-chefe Felipe de Moura Palha, reforçou o compromisso em esclarecer o ocorrido, destacando a abertura de investigações tanto na área criminal como na civil. Enquanto a primeira visa responsabilizar eventuais envolvidos em possíveis crimes, a segunda concentra-se na proteção dos direitos humanos e interesses públicos em meio a essa tragédia marítima.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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