Relatório mais recente: execução de condenados viola direitos humanos essenciais, segundo Anistia Internacional. No Vietnã, bilionária condenada à pena capital.
Existem diferentes maneiras de realizar a execução de condenados à morte em todo o mundo, como decapitação, enforcamento, injeção letal e fuzilamento, conforme evidenciado por um relatório recente da Anistia Internacional. Essas práticas levantam debates acalorados sobre direitos humanos e justiça em sociedades ao redor do globo.
Em muitos países, a execução capital é vista como a punição máxima para crimes considerados graves. No entanto, a aplicação dessas penas ainda é controversa e questionada por organizações internacionais e defensores dos direitos humanos. É essencial continuar a discussão sobre as implicações éticas e legais da execução de condenados à morte para garantir uma sociedade mais justa e humana.
Relatório Mais Recente sobre Execução de Condenados à Morte
De acordo com o relatório mais recente sobre a execução de condenados à morte, divulgado pela Anistia Internacional em maio de 2023, observa-se que a punição máxima ainda é adotada em 55 países em todo o mundo, enquanto 144 optaram por abolir essa prática, seja por lei ou na prática. No ano de 2022, ocorreram pelo menos 883 execuções, um aumento significativo se comparado às 579 execuções registradas em 2021, representando um aumento de 52%.
Entre os métodos de execução capital mais adotados em 2022, destacam-se a decapitação realizada pela Arábia Saudita, o enforcamento presente em países como Bangladesh, Egito, Irã, Iraque, Japão, Mianmar, Singapura, Sudão do Sul e Síria, a injeção letal aplicada na China, Estados Unidos e Vietnã, e o fuzilamento praticado em locais como China, Afeganistão, Belarus, Kuwait, Coreia do Norte, Palestina, Somália e Iêmen.
Pena Capital e Direitos Humanos
Segundo a Anistia Internacional, a pena de morte viola dois direitos humanos essenciais: o direito à vida e o direito a viver livre de tortura. Ambos esses direitos estão resguardados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948. A organização ressalta que a execução de condenados à morte é uma prática repudiada em todos os casos, sem exceção.
A Anistia Internacional destaca a preocupação com países como China, Irã, Arábia Saudita e Singapura, que realizaram execuções de prisioneiros por delitos relacionados ao tráfico de drogas, o que vai de encontro às normas internacionais de direitos humanos. No Brasil, por exemplo, a pena de morte não é aplicada, estando alinhado com o respeito aos direitos humanos fundamentais.
Caso de Truong My Lan
No caso da bilionária Truong My Lan, acusada de causar prejuízos de US$ 27 bilhões (R$ 137,4 bilhões), a defesa da executiva afirma que recorrerá da sentença. A acusação contra Lan envolve fraudes no Saigon Commercial Bank ao longo de uma década, resultando em um impacto significativo na economia do Vietnã.
O tribunal, após cinco semanas de julgamento, rejeitou todas as alegações de inocência de Lan, considerando suas ações prejudiciais à confiança da população na liderança do país. A acusação de desvio de US$ 12,5 bilhões foi ampliada para US$ 27 bilhões, equivalente a 6% do PIB do Vietnã em 2023, demonstrando a gravidade do caso.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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