Cabos submarinos suportam 99% das comunicações digitais globais. Rompimentos podem causar desastres na internet de um país. A reparação é complicada devido a correntes, turbidez, deslizamento de terra e terremotos de grande magnitude.
Em 18 de novembro de 1929, às 17h, um terremoto de magnitude 7,2 sacudiu a costa da Península de Burin, ao sul da ilha de Terra Nova, no Canadá. Embora os moradores tenham notado apenas alguns danos superficiais, como chaminés derrubadas, uma força invisível estava se movendo no mar, afetando os cabos submarinos que conectavam o continente americano à Europa.
Essa rede de cabos transatlânticos fazia parte da rede global de cabos que permitia a comunicação entre os continentes. No entanto, o terremoto de 1929 causou danos significativos aos cabos de águas profundas, interrompendo a comunicação entre a América do Norte e a Europa. A perda desses cabos submarinos foi um golpe significativo para a comunicação internacional, destacando a importância de manter essas conexões seguras e resilientes. A tecnologia de cabos submarinos continua a evoluir até hoje.
Desastre Natural e Cabos Submarinos
Em 18 de novembro de 1929, um terremoto de magnitude 7,2 atingiu a costa da Península de Burin, no Canadá. O abalo sísmico desencadeou um deslizamento de terra submarino, conhecido como corrente de turbidez, que fluiu a mais de 1.000 km de distância do epicentro do terremoto. Embora o deslizamento de terra não tenha sido notado na época, deixou uma pista reveladora: a ruptura de 12 cabos submarinos transatlânticos em 28 lugares.
Esses cabos, que faziam parte da rede global de cabos de águas profundas, eram a tecnologia de comunicação mais moderna da época. A ruptura dos cabos foi um mistério, pois algumas das rupturas aconteceram quase simultaneamente com o terremoto, enquanto outras ocorreram ao longo de um período mais longo. Os cientistas começaram a se perguntar: por que os cabos se romperam em sequência, ao longo de uma área tão grande e em intervalos que pareciam diminuir com a distância do epicentro?
Descoberta das Correntes de Turbidez
Só em 1952 que os pesquisadores descobriram por que os cabos se romperam em sequência. Eles descobriram que um deslizamento de terra os atingiu, e que os cabos que se rompiam traçaram seu movimento pelo fundo do mar. Até então, ninguém sabia da existência das chamadas correntes de turbidez. A ruptura dos cabos submarinos foi um acidente que ajudou a entender os movimentos oceânicos acima e abaixo da superfície.
A manutenção e reparo dos cabos submarinos resultaram em outras descobertas científicas surpreendentes, abrindo mundos totalmente novos e permitindo espiar o fundo do mar como nunca antes. Além disso, a rede global de cabos submarinos permitiu comunicar em velocidade recorde. No entanto, nossa vida cotidiana, rendimentos, saúde e segurança também se tornaram cada vez mais dependentes da internet — e, em última análise, desta complexa rede de cabos submarinos.
Importância dos Cabos Submarinos
Os cabos submarinos são fundamentais para a comunicação global. Eles permitem que as pessoas se comuniquem em tempo real, independentemente da distância. Além disso, os cabos submarinos também permitem o compartilhamento de informações e dados em larga escala. No entanto, a manutenção e reparo dos cabos submarinos são tarefas complexas e caras. O custo de reparar um cabo submarino pode chegar a milhões de dólares.
A importância dos cabos submarinos é evidente, mas também é importante lembrar que eles são vulneráveis a danos causados por terremotos, deslizamentos de terra e outras atividades geológicas. Além disso, os cabos submarinos também podem ser afetados por atividades humanas, como a pesca e a construção de estruturas submarinas. Portanto, é fundamental que sejam tomadas medidas para proteger e manter a rede global de cabos submarinos.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo