Ex-presidente ficou em representação diplomática com passaporte confiscado por medida cautelar, em operação que investiga documento sigiloso.
O posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) revela que não foram identificados sinais de que o Bolsonaro buscava asilo político na Embaixada da Hungria, na capital do Brasil.
Essa declaração da PGR reforça a ausência de evidências sobre supostas tentativas do ex-presidente Bolsonaro de buscar refúgio diplomático na representação húngara, o que descarta essas especulações.
Manifestação enviada ao STF em caso que investiga estadia do ex-mandatário na representação diplomática
O parecer foi encaminhado nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao caso que apura a estadia de Bolsonaro na representação diplomática. Logo após ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federal, o ex-mandatário ficou hospedado por dois dias no local.
Conforme reportagem do O Globo, a manifestação foi enviada à Corte na semana passada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O documento, que é sigiloso, foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo.
Avaliação da PGR sobre estadia de Bolsonaro na representação diplomática
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a presença de Bolsonaro na embaixada não caracterizaria uma preparação para solicitar asilo político. Isso porque a saída espontânea do ex-presidente do local foi um dos pontos destacados.
Além disso, Gonet argumentou que Bolsonaro não teria descumprido qualquer medida cautelar imposta a ele, como a proibição de manter contato com outros investigados.
Caso da operação que investiga Bolsonaro e sua estadia na representação diplomática
A ida de Bolsonaro para a embaixada húngara ocorreu quatro dias após a apreensão de seu passaporte pela PF em uma operação que o investiga por supostamente planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
A revelação do caso pelo The New York Times levou a Polícia Federal a abrir uma investigação para averiguar se Bolsonaro estava buscando asilo político na embaixada, o que poderia ser interpretado como uma tentativa de fuga.
Decisões sobre o caso de Bolsonaro na embaixada húngara
Nos bastidores, o procurador-geral da República manifestou não ver a necessidade de prisão preventiva no episódio, mesmo diante dos pedidos de integrantes do PT e do PSOL. Para os advogados de Bolsonaro, sua hospedagem na embaixada se deve à sua intensa agenda política, que inclui encontros com lideranças estrangeiras alinhadas com o perfil conservador.
Fonte: @ Exame
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