Taxa de analfabetismo no Brasil caiu para 5,4%, sendo 9,3 milhões de pessoas com mais de 15 anos sem saber ler ou escrever, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
O percentual de crianças no ensino fundamental no Brasil tem apresentado melhorias significativas nas últimas décadas, refletindo os esforços do governo e da sociedade em promover a educação de qualidade para todos. No entanto, ainda há desafios a serem superados para garantir que todas as crianças tenham acesso a um ensino fundamental inclusivo e de excelência, independente de sua origem socioeconômica.
A percentagem de crianças no ensino fundamental varia de acordo com a região do país, sendo essencial investir em políticas públicas que ampliem a proporção de crianças no ensino fundamental em áreas mais vulneráveis. Além disso, é fundamental fortalecer a formação de professores e a infraestrutura das escolas, a fim de garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes, contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Percentual de crianças no ensino fundamental abaixo da meta
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta última sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, pela primeira vez desde 2016, o Brasil não atingiu a meta de 95% de pessoas entre 6 e 14 anos matriculadas no ensino fundamental. De acordo com a pesquisa, o percentual de crianças e adolescentes no ensino fundamental ficou em 94,6%.
Queda no percentual de crianças no ensino fundamental
No ano anterior, o índice era de 95,2%. Segundo o documento, a queda foi decorrente, principalmente, dos primeiros anos do ensino fundamental – fase destinada a estudantes entre 6 e 10 anos. Em 2016, início da série histórica, o percentual era de 96,7%. A taxa aumentou até 2018, quando chegou a 97,4%. Desde então, iniciou uma trajetória de queda.
Desafios em todas as regiões
O percentual de crianças e adolescentes matriculados no ensino fundamental em 2023 ficou abaixo da meta de 95% em todas as regiões do país. No Norte, a taxa ficou em 94,8%. No Nordeste, em 94,5%. Já o Sudeste alcançou um índice de 94,9%. No Sul e no Centro-Oeste, o percentual foi de 94,2%.
Discussão sobre os dados e taxa de analfabetismo geral
A CNN procurou o Ministério da Educação para comentar os dados, mas ainda não obteve retorno. Os dados da Pnad Contínua revelam que a taxa de analfabetismo geral no país entre pessoas acima de 15 anos caiu de 2022 para 2023, chegando a 5,4%. Foi o menor nível desde o início da série histórica. A meta para 2015 era de 6,5%. Em números absolutos, cerca de 9,3 milhões de pessoas acima dos 15 anos não sabem ler nem escrever.
Desigualdade na taxa de analfabetismo por região
Na análise por região, o Nordeste mantém a maior taxa de analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos, com 11,2%. Em seguida, estão Norte (6,4%), Centro-Oeste (3,7%), Sudeste (2,9%) e Sul (2,8%). Considerando somente a população com mais de 60 anos, a taxa de analfabetismo no país é de 15,4%. O Nordeste lidera o ranking, com 31,4%, seguido por Norte (22%), Centro-Oeste (13,6%), Sul (8,8%) e Sudeste (8,5%).
Ensino básico e desigualdade racial
Ainda segundo os dados da Pnad, 54,5% da população brasileira com 25 anos ou mais tinha em 2023 pelo menos o ensino médio completo. Desde o início da série histórica, em 2016, houve crescimento de 8,3 pontos percentuais. Os dados de escolaridade reforçam a desigualdade racial no país. No ano passado, 61,8% dos brancos tinham pelo menos o ensino médio completo, enquanto entre pretos e pardos o percentual cai para 48,3%.
Fonte: © CNN Brasil
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