Aumento de internações por dengue em leitos de enfermaria e unidades de pronto-atendimento, relatam os entrevistados.
Recentemente, foi observado um crescimento preocupante nas internações por dengue em hospitais privados de São Paulo. Essas internações abrangem tanto leitos de enfermaria quanto a UTI, evidenciando a gravidade da situação atual.
O aumento de internações por dengue reflete a realidade dos casos de dengue na região, que têm impactado significativamente os serviços de saúde locais. O crescimento da dengue tem sido alarmante, exigindo ação rápida e eficaz para controlar a disseminação da doença.
Aumento de Internações por Dengue Preocupam Serviços de Saúde em São Paulo
De acordo com um levantamento recente realizado com 95 hospitais do serviço privado no estado de São Paulo, foi constatado que o tempo médio de internação de pacientes com dengue é de aproximadamente 4 dias. Cerca de 27% dos hospitais participantes indicaram um aumento de internações por dengue e Covid, refletindo a preocupação crescente com o crescimento da dengue na região.
Nas últimas duas semanas, observou-se um aumento significativo no número de internações em leitos de enfermaria por dengue, registrando-se um aumento de 5% para 58% dos hospitais consultados. Além disso, de 51% a 70% dos serviços de saúde também reportaram um aumento expressivo nesse cenário, destacando a sobrecarga nos serviços de urgência e na demanda por atendimento.
O estudo revelou que um décimo dos respondentes classificou o aumento de internações entre 6% e 10%, sinalizando a pressão cada vez maior sobre as unidades de pronto-atendimento. A pesquisa, realizada no período de 1 a 10 de abril, destaca a importância de medidas urgentes para lidar com a alta de dengue e garantir o atendimento adequado aos pacientes.
Desafios Enfrentados pelos Hospitais em Meio ao Crescimento da Dengue
Os dados levantados pelo SindHosp mostram que houve uma queda nos atendimentos e internações por Covid em contraste com o aumento de casos de dengue. No entanto, a demanda em unidades de pronto-atendimento por suspeita de dengue permanece elevada, representando um desafio adicional para os serviços de saúde.
No mês passado, a pesquisa apontou que 26% dos hospitais registraram um aumento de 5% de internações em UTI, enquanto 15% deles relataram um incremento de 6% a 10% nesse cenário. Esses números ilustram a pressão sobre as unidades hospitalares e a necessidade de recursos adicionais para lidar com a alta de casos de dengue.
A pesquisa também evidenciou um crescimento na taxa de positividade para dengue, com 30% dos hospitais reportando um aumento de casos positivos entre 31% e 50%. Esse cenário reforça a urgência de ações preventivas e de controle para conter a propagação da doença e garantir um tratamento eficaz aos pacientes.
Impactos da Dengue nos Serviços de Saúde de São Paulo
Segundo os dados do levantamento, a faixa etária mais afetada pela dengue foi de 30 a 50 anos, refletindo uma parcela da população sem acesso à vacinação contra a doença no Sistema Único de Saúde. O aumento de casos de dengue e a consequente sobrecarga nos serviços de saúde foram destacados por Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, como um reflexo das altas temperaturas e da escassez de repelentes.
Até o momento, o estado de São Paulo já registrou 262 mortes por dengue neste ano, com 559 óbitos ainda em fase de investigação. Com mais de meio milhão de casos confirmados, a situação reforça a importância de ações coordenadas para enfrentar a epidemia e garantir o atendimento adequado aos pacientes.
A espera por atendimento em unidades de pronto-atendimento da capital chegou a atingir oito horas, evidenciando a gravidade da situação e a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar os desafios impostos pelo aumento de internações por dengue.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo