Estudo revela desigualdade salarial: mulheres e pessoas pretas na baixa renda faixa. O salário mínimo representa apenas percentual de rendas de advocados. Conselho de Justiça: revise faixa alta de renda familiar mensal em relação ao salário mínimo.
Quase metade dos advogados brasileiros têm ganho familiar mensal de até R$ 6,6 mil. Causídicos que se enquadram nesse intervalo de renda representam 45% do total. Dos profissionais nessa situação, 12% recebem até 2 salários-mínimos (R$ 2.640). Outros 31% possuem renda entre R$ 2.640 e R$ 6.600. Esses dados são apresentados no ‘PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira’, divulgado recentemente, em abril.
É interessante notar a diversidade de renda dentro da categoria dos advogados, com percentuais relevantes tanto para os que ganham menos quanto para os que recebem mais. A análise desses números revela um panorama rico da realidade financeira dos profissionais do direito no Brasil, mostrando que a distribuição de renda pode variar significativamente entre eles. Além disso, esse estudo pode ser útil para entender melhor as dinâmicas de salário e receita no campo jurídico nacional.
Renda dos Advogados: Uma Análise Detalhada
Um estudo recente revelou dados surpreendentes sobre a renda dos advogados no Brasil. De acordo com a pesquisa, 45% dos advogados possuem uma renda de até R$ 6,6 mil, enquanto apenas 9% recebem mais de 20 salários-mínimos, o equivalente a acima de R$ 26.400.
A análise também apontou disparidades significativas de renda com base no gênero. Na faixa de renda mais baixa, de até 2 salários-mínimos, as mulheres representam a maioria, com 67% em comparação com 37% de homens. Por outro lado, na faixa de renda mais alta, acima de 20 salários-mínimos, 66% dos indivíduos que ultrapassam os R$ 26.400 são homens, enquanto 36% são mulheres.
Além disso, a pesquisa destacou a diferença de renda com base na cor da pele dos advogados. Surpreendentemente, 78% das pessoas que recebem mais de 20 salários-mínimos são brancas, enquanto apenas 3% são pessoas pretas.
O Censo da Advocacia, conduzido em novembro de 2023 pelo ministro Luís Felipe Salomão, trouxe importantes insights sobre a profissão no país. O estudo abordou não apenas a renda dos advogados, mas também questões relacionadas ao número de profissionais atuantes, áreas de especialização e faixas etárias.
Esses dados ressaltam a importância de compreender as disparidades de renda dentro da profissão de advogado e sublinham a necessidade de medidas para promover a equidade de gênero e racial na área. É fundamental analisar e abordar as questões relacionadas à renda e diversidade para promover uma justiça mais igualitária na advocacia brasileira.
Fonte: © Migalhas
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