Recorde de casos em fevereiro: 47 tentativas, ex-companheiro e corpo incendiado em plataforma de trem desde 2018.
Recentemente, ocorreu um trágico caso que chocou a todos, envolvendo feminicídios. Uma jovem de 25 anos foi vítima de violência doméstica em sua própria casa e não resistiu aos ferimentos. A polícia está investigando o caso para identificar o responsável por esse terrível feminicídio e garantir que a justiça seja feita.
É fundamental que a sociedade como um todo esteja atenta e engajada na luta contra os homicídios de mulheres, crimes contra mulheres e todos os tipos de assassinatos de gênero. É preciso conscientizar sobre a gravidade dessas situações e buscar formas de prevenção e proteção para que mais vidas não sejam perdidas devido a esses atos covardes. Juntos, podemos e devemos combater a violência contra a mulher em todas as suas formas.
Preocupação com Feminicídios Cresce em Meio a Aumento de Crimes Contra Mulheres
No dia seguinte aos feminicídios registrados, mais um triste episódio se desenrolou, no qual outra mulher foi vítima de queimaduras durante uma discussão com o ex-companheiro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O agressor, em um ato brutal, despejou álcool no quarto do casal e ateou fogo, resultando em graves queimaduras na vítima, atingindo cabelo, braços, costas e pernas.
Esses homicídios de mulheres, perpetrados com requintes de crueldade, estão ocorrendo em um cenário preocupante de aumento de crimes contra mulheres e tentativas de feminicídios no estado do Rio de Janeiro. O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ) aponta um crescimento significativo nessas estatísticas.
Nos primeiros dois meses do ano passado, foram registrados 16 feminicídios e 53 tentativas, totalizando 69 casos. No mesmo período deste ano, os números subiram para 20 feminicídios e 82 tentativas, chegando a 102 registros, representando um aumento de 47,8%. Fevereiro de 2024 foi marcado por um recorde de tentativas de feminicídio, com 47 casos, sendo o mês com mais ocorrências desde 2018.
A preocupação com a escalada desses crimes se reflete em ações do governo do Rio de Janeiro, que destaca a prioridade no combate à violência contra a mulher. Com 14 delegacias de Atendimento à Mulher em todo o estado, a Polícia Civil tem atuado de forma integrada com a Polícia Militar para enfrentar a violência doméstica, familiar e de gênero.
Em março, durante a Operação Átria, foram realizadas 819 prisões por violência contra a mulher, e aproximadamente 13 mil medidas protetivas de urgência foram solicitadas. Apesar dos esforços, pesquisadoras alertam que a punição não é suficiente para mudar essa realidade e enfatizam a necessidade de investimento em prevenção, campanhas educativas e acesso a serviços de acolhimento para as mulheres em situação de violência.
A socióloga Jacqueline Pitanguy, da ONG Cepia, ressalta a importância de ir além da punição, enfatizando a necessidade de campanhas regulares e ações educativas. Ela lamenta a descontinuidade de políticas públicas nacionais no governo anterior e destaca a importância de mostrar alternativas não violentas para resolver conflitos nas relações.
Da mesma forma, a coordenadora do Observatório Latino-americano de Justiça em Feminicídio e do Grupo de Pesquisa sobre Violência de Gênero da UFRJ, Cristiane Brandão, reforça a importância de atuar em diversas frentes para combater os feminicídios e crimes contra mulheres, promovendo uma cultura de respeito e prevenção.
Fonte: @ Agencia Brasil
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