Projeção baseada em passados de trocas de chefes na empresa estatal. Anúncios de demissões de diretores possam continuar, olhando mais para desenvolvimento industrial nacional. Claro que expectativa de outras nomeações, como a de Prates, afetará o desempenho na presidência. Market reaction ambivalente, negativa em algumas áreas. (147 caracteres)
Analistas de mercado ouvidos pelo Valor preveem uma diminuição de aproximadamente 10% nas ações da Petrobras na sessão de hoje (15) após a notícia da demissão do presidente da empresa, Jean Paul Prates. Essa decisão impactante certamente terá repercussões no mercado financeiro, refletindo a instabilidade que a mudança de liderança pode causar.
A expectativa de remoção de Jean Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras também levanta questionamentos sobre o futuro da empresa. A história mostra que mudanças bruscas na gestão podem afetar significativamente o desempenho das ações, e a demissão de Prates certamente não passará despercebida pelos investidores e analistas do mercado.
Repercussões da Demissão de Prates na Petrobras
Os analistas consultados levantam a possibilidade de outras demissões de membros da diretoria da estatal, além da saída de Prates. A substituição de Prates por Magda Chambriard, indicada por Lula, traz consigo a expectativa de um novo direcionamento mais focado no desenvolvimento da indústria nacional. A projeção é de que Chambriard terá que navegar habilmente no cenário político para garantir um bom desempenho na presidência da Petrobras.
A Ativa Investimentos expressou uma visão negativa em relação à demissão de Prates, destacando que a decisão coloca em xeque os compromissos da companhia, como a remuneração aos acionistas e os planos de investimentos. A corretora elogiou o papel equilibrado desempenhado por Prates, conciliando interesses econômicos e políticos da empresa com sabedoria.
Ilan Arbetman, analista da Ativa, surpreendeu-se com a sucessão inesperada, notando um tom mais favorável ao mercado na teleconferência de resultados. A presença de Haddad na situação foi destacada como um elemento surpreendente, indicando uma reviravolta na situação anterior.
Gustavo Cruz, da RB Investimentos, ressaltou que o último ano foi um teste para a governança da Petrobras em diversos aspectos, com parte das diretrizes mantidas. Ele apontou a falta de clareza sobre as mudanças que virão com a substituição de Prates, que era esperada para promover alterações substanciais na gestão e no foco estratégico da empresa.
João Coutinho, economista da RJ+Asset, interpretou a mudança no comando da estatal como uma busca de Lula por uma empresa mais alinhada com os interesses do Estado. Ele destacou a boa receptividade do mercado ao nome de Prates e previu uma reação negativa dos investidores ao movimento anunciado.
Frederico Nobre, da Warren Investimentos, levantou preocupações sobre a nomeação de Magda Chambriard, apontando seu viés mais desenvolvimentista e as críticas passadas à distribuição de dividendos da Petrobras. A troca inesperada de Prates gera insegurança no mercado, podendo intensificar as oscilações nas ADRs da empresa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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