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Principal suspeita da morte, Julia Pimenta pode ter furtado as pistolas da polícia e misturado comprimidos de paradeiro.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca do paradeiro de duas armas que eram de propriedade do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, 45 anos, que foi encontrado sem vida em seu apartamento na capital fluminense em 20 de maio.
A investigação sobre o sumiço das armas está em andamento, e as autoridades estão analisando possíveis pistas para solucionar o caso. A suspeita de armamentação ilegal preocupa as autoridades locais, que buscam garantir a segurança da população diante do desaparecimento desses armamentos de fogo.
Julia Andrade Cathermol Pimenta e o Mistério das Armas Desaparecidas
Uma das possibilidades intrigantes que a polícia investiga é a ligação de Julia Andrade Cathermol Pimenta, 29 anos, com o sumiço das pistolas guardadas no apartamento de Ormond. As autoridades consideram a hipótese de que ela tenha se apossado das armas de fogo, mas ainda não está claro se as teria repassado a terceiros ou se as teria levado consigo ao fugir. Julia, que é procurada por homicídio, tem um mandado de prisão pendente e é considerada foragida.
Para os investigadores, Julia teria misturado comprimidos de morfina em um brigadeirão, com a intenção de envenenar Ormond, seu relacionamento com o empresário era uma das hipóteses em análise. A polícia acredita que ela planejou roubar os bens de Ormond para quitar uma dívida substancial que mantinha com outra mulher.
A Polícia Civil já conseguiu recuperar o veículo de Ormond, assim como seu computador e celulares. No entanto, o paradeiro das armas ainda é desconhecido, o que preocupa o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo). Ele ressaltou a importância de localizar essas armas, que podem estar em posse de Julia ou de terceiros.
Outra linha de investigação sugere que Suyany Breschak, que prestava serviços espirituais para Julia, possa ter recebido as armas em questão. Suyany está sob custódia preventiva por suspeita de homicídio, com a polícia acreditando que ela tinha conhecimento dos planos de Julia. A defesa de Suyany, representada pelo advogado Etevaldo Viana Tedeschi, nega qualquer envolvimento da cliente no crime e afirma desconhecer o paradeiro das armas.
Em depoimento, Suyany revelou que Julia lhe devia uma quantia considerável. O carro de Ormond foi levado para o namorado de Suyany, em Cabo Frio, como parte do pagamento de parte da dívida. O namorado de Suyany foi preso por receptação, mas as armas não foram encontradas.
O ex-marido de Suyany, Orlando Ianoviche, apresentou à polícia supostas mensagens em que ela oferecia as armas e o carro a um possível comprador. No entanto, o interesse do comprador parecia se concentrar apenas no veículo. A polícia vai investigar essa possível transação.
Um funcionário da farmácia onde Julia teria adquirido sulfato de morfina também prestou depoimento. Ele confirmou a compra de Dimorf cerca de duas semanas antes da morte de Ormond. A principal teoria sobre a morte do empresário envolve a suspeita de que Julia tenha moído comprimidos em um brigadeirão consumido por ele. Embora o laudo do IML não tenha confirmado essa hipótese, resíduos achocolatados foram encontrados no sistema digestivo de Ormond.
O delegado Buss, em entrevista ao programa Fantástico da TV Globo, mencionou que Julia estaria buscando uma união estável com a vítima, mas que Ormond teria desistido desse processo em algum momento. A investigação continua em andamento, com o mistério das armas desaparecidas sendo o foco central das autoridades.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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