Em breve, analistas se concentrarão em divisas e Petrobras, com a tragédia ambiental e humana no Rio Grande do Sul, a troca da Petrobras presidência e arrecadação federal de tributos. Copom, equilíbrio fiscal e metas de 2025 avançam no Relatório de Receitas e Despesas Primárias.
A divisão do Copom que freou o corte da Selic com voto de minerva de Roberto Campos Neto fortalecendo a maioria conservadora do colegiado, a tragédia ambiental e humanitária no Rio Grande do Sul e a troca do comando da Petrobras tiraram as políticas fiscais dos holofotes. Temporariamente.
Enquanto a atenção se volta para as questões econômicas, a importância das políticas fiscais não pode ser negligenciada. A situação tributária e financeira do país exige medidas urgentes para garantir a estabilidade orçamentária e o equilíbrio das contas públicas. É fundamental que as decisões políticas sejam tomadas com responsabilidade e visando o bem-estar da população.
Política Fiscal: O Centro das Atenções
A política fiscal volta a ocupar o centro do debate, despertando o interesse dos analistas nos próximos dias. A ata do Copom reforçou a importância de uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, destacando a necessidade de ancorar as expectativas. A determinação do BC em conduzir as expectativas inflacionárias à meta sinaliza juros altos por mais tempo, impondo custos prolongados ao governo.
A ajuda da União ao estado gaúcho levanta questionamentos sobre os impactos futuros nas contas públicas. A nova presidência da Petrobras, alinhada ao desenvolvimentismo defendido pelo PT, lança dúvidas sobre os rumos da política econômica. O cenário atual não tem entregado o crescimento desejado, nem a popularidade almejada por Lula.
Neste contexto, a arrecadação federal de tributos em abril e o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre ganham destaque. A arrecadação em abril, que refletirá as condições da economia brasileira, sucede um resultado expressivo no primeiro trimestre, com um aumento real de 8,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas trará atualizações sobre as contas públicas e as intenções da equipe econômica para 2024, com reflexos em 2025. A revisão das metas a partir de 2025 levanta questões sobre a importância dos balanços bimestrais e a viabilidade do equilíbrio fiscal.
José Francisco de Lima Gonçalves, professor da FEA/USP e economista-chefe do banco Fator, destaca a importância de avaliar a receita recorrente para antecipar cenários futuros. As despesas, já revisadas para cima, também são objeto de incertezas relevantes. Os déficits projetados para este ano devem ser revistos, mas dentro da margem permitida pelo arcabouço fiscal.
A âncora fiscal comporta uma margem de tolerância para acomodar eventos inesperados, sendo essencial para garantir a estabilidade econômica. A Secretaria de Finanças esclarecerá em detalhes as projeções futuras, trazendo luz sobre os desafios e oportunidades da política fiscal.
Fonte: @ NEO FEED
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