Premiação da Capes é dividida por áreas científicas: exatas, humanas e médicas. Cada região teve três representantes entre as finalistas, considerando Coordenação de Aperfeiçoamento e Indicador de Citações.
O Ministério da Educação (MEC) realizou uma homenagem especial às mulheres que se destacam na área científica, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Nesta quarta-feira, 6 de novembro, foi entregue o Prêmio Mulheres na Ciência, que reconheceu os trabalhos de 15 pesquisadoras que se destacam em suas áreas de atuação.
Essa iniciativa visa valorizar o trabalho feminino e promover a igualdade de gênero na ciência. As vencedoras foram escolhidas por sua contribuição significativa para o avanço da ciência e tecnologia no país. A presença feminina é fundamental para o desenvolvimento da sociedade e a promoção da igualdade de gênero é essencial para que as mulheres tenham oportunidades iguais de sucesso. Há três mulheres para cada região do país, demonstrando a diversidade e a riqueza da pesquisa feminina no Brasil.
Reconhecimento às Mulheres na Ciência
A iniciativa de dar visibilidade à produção científica feminina visa alavancar a equidade de gênero na ciência. Cinco pesquisadoras foram selecionadas em cada uma das áreas de ciências exatas, ciências médicas e ciências humanas. A seleção foi baseada no Indicador de Citações Ponderadas por Disciplina, que mede o impacto de um trabalho em relação a outros trabalhos do mesmo tipo, disciplina e ano de publicação.
O indicador foi extraído da ferramenta de avaliação de produção científica e de métricas, SciVal, da editora Elsevier. Além disso, foi considerado o número mínimo de cinco publicações na disciplina indicada de 2019 a 2023. A solenidade também serviu para a apresentação do relatório Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation – 2024, divulgado pela Elsevier.
Destaque do Brasil na Equidade de Gênero
O relatório mostrou o destaque do Brasil em relação à maioria dos países no equilíbrio entre homens e mulheres na ciência. O ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, destacou que o Brasil é o terceiro país com maior presença feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal. As mulheres hoje representam 49% da participação feminina na ciência, um salto significativo em relação a 2002, quando eram 38%.
No mundo, a participação feminina é de 41%. Em 2002, era de 21%. Apesar do crescimento, a disparidade ainda é evidente entre pesquisadores mais experientes. Entre pessoas nos primeiros cinco anos de carreira, as mulheres são 45%. De 6 a 10 anos, a quantidade é 42% e, de 11 a 15 anos, 39%.
Homenagem às Mulheres na Ciência
A presidente da Capes, Denise Carvalho, destacou as mulheres homenageadas no cartaz da premiação. Ela ressaltou a importância de Bertha Lutz, bióloga e feminista que liderou o processo que levou as mulheres brasileiras ao direito ao voto, em 1932. Além disso, Elisa Frota Pessôa é um exemplo de que as mulheres são silenciadas, apesar de contribuírem muito para a ciência.
Maria José von Paumgartten Deane, médica, destacou-se pelo trabalho com doenças tropicais. Graziela Maciel Barroso, botânica, foi a primeira mulher naturalista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a primeira professora de botânica da Universidade de Brasília (UnB). Ela é um exemplo de que não há idade para iniciarmos os estudos e atingir o nível de excelência, tendo se doutorado aos 60 anos.
Prêmio Mulheres e Ciência
Em paralelo à premiação, o governo federal criou o Prêmio Mulheres e Ciência. A ação visa reconhecer e valorizar a contribuição das mulheres na ciência e tecnologia. A secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política destacou a importância da iniciativa em promover a equidade de gênero na ciência.
Fonte: © MEC GOV.br
Comentários sobre este artigo