Além da segurança física, os organizadores do evento se preocupam com tentativas de pirataria informática nos andares superiores da sede do comitê, com salas espartanas e luzes indicadoras.
Franz Regul, em seu escritório, localizado em um dos andares superiores da sede do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris, tem consciência dos riscos iminentes causados por ciberataques. Ele sabe que a segurança dos sistemas da organização é crucial para o sucesso do evento.
Com a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos em todo o mundo, Franz Regul está constantemente atualizando as defesas da rede do comitê organizador. A prevenção eficaz contra ciberataques é essencial para proteger a integridade dos dados sensíveis e garantir a tranquilidade de todos os envolvidos no planejamento dos Jogos Olímpicos.
Ciberataques: O Desafio da Defesa Cibernética nos Jogos Olímpicos
‘Seremos alvo’, declarou Regul, líder da equipe encarregada de combater ameaças cibernéticas nos Jogos Olímpicos deste ano em Paris. Empresas e governos ao redor do globo agora contam com equipes semelhantes, operando em salas espartanas equipadas com servidores e telas com luzes indicadoras para alertar sobre possíveis ataques. No centro de operações parisiense, até um sinal vermelho é acionado para indicar perigos iminentes.
Até o momento, Regul mencionou que não houve interrupções graves. Contudo, à medida que o tempo se reduz até o evento e o perigo iminente aumenta, o número de tentativas de pirataria informática também cresce. Enquanto empresas e governos preveem possíveis ataques, Regul sabe exatamente quando esperar o pior.
As preocupações com a segurança em eventos de grande escala costumavam focar em ameaças físicas, como ataques terroristas. Entretanto, com a crescente influência da tecnologia nos Jogos, os organizadores agora encaram os ataques cibernéticos como uma ameaça constante.
Os especialistas alertam que grupos hackers e países como Rússia, China, Coreia do Norte e Irã possuem operações avançadas, capazes de desativar não apenas redes e Wi-Fi, mas também sistemas de bilhetagem digital e até mesmo os sistemas de cronometragem dos eventos.
Nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang 2018, na Coreia do Sul, um ataque cibernético quase prejudicou o evento. A rede Wi-Fi caiu, o aplicativo oficial parou de funcionar e drones de transmissão foram impedidos de voar. A equipe de segurança cibernética trabalhou incansavelmente para repelir o ataque e as competições prosseguiram sem grandes contratempos.
Desde então, a ameaça cibernética continua crescendo. A equipe de segurança dos últimos Jogos de Verão, em Tóquio em 2021, relatou ter enfrentado centenas de milhões de tentativas de ataques. A defesa contra ciberataques se tornou uma batalha constante e crucial para garantir a segurança e integridade dos eventos esportivos de alcance global.
Fonte: @ Info Money
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