Aos 37 anos, Sara Borges ensina na Escola Classe da Asa Sul, ajudando quase 9 mil alunos. Seu emprego é nível 2, atuando na semana de conscientização.
Sara Borges, que é diagnosticada com autismo nível 2, encontrou na fala sua forma de se expressar. Aos 10 anos, a comunicação ainda era um desafio, mas hoje, aos 37, ela usa a voz para ajudar outros.
A experiência de Sara Borges mostra que muitas pessoas com transtorno do espectro autista podem desenvolver habilidades de comunicação ao longo da vida. É importante destacar que cada caso é único, e o apoio adequado faz toda a diferença no processo de aprendizagem.
Autismo: Sara, professora da Secretaria de Educação do DF, inspira alunos com nível 2 do transtorno do espectro autista
Eu sofria muito bullying na escola e não tinha empatia. Eu pensava ‘quando eu crescer, quero ser professora porque eu quero mudar essa realidade’, relata Sara. Esse é o primeiro emprego da Sara, aprovada para o concurso de professora da Secretaria de Educação do DF.
Além do conteúdo programado, ela aproveita a influência dentro de sala para ensinar sobre tolerância, diversidade e respeito às diferenças.
No início do mês de março, na semana de conscientização e promoção da educação inclusiva, a professora preparou atividades para que os alunos vivenciassem como é ter algum tipo de deficiência (confira o vídeo no começo da reportagem). Os alunos aprovaram. ‘A maioria do que a gente faz dentro da sala de aula, a gente faz com muitas brincadeiras.’
Diferente de todas as professoras, ela presta mais atenção em nós, faz aulas mais divertidas’, conta Marina Sofia, de 9 anos.
‘Ela é muito divertida. Faz um monte de experimentos e umas aulas muito divertidas’, diz Isaac Alves, também de 9 anos. A coordenadora da Escola Classe da Asa Sul, na região central de Brasília, Jeane Lima, destaca que os ensinamentos de Sara vão além da sala de aula.
‘A gente poder ver onde a Sara chegou é um exemplo para nós, para os pais da escola e para os professores. A Sara é incrível. Ela consegue ter um domínio de turma, acessar o coração das crianças. Isso, em uma sala de aula, é super importante’, ressalta Jeane. Sara não está sozinha nessa jornada pela diversidade. Segundo a Secretaria de Educação do Distrito Federal, na rede pública são mais de 30 mil alunos com deficiência.
Desse total, são quase 9 mil com transtorno de espectro autista. LEIA TAMBÉM: DENÚNCIA: escola particular do DF se nega a matricular novos alunos autistas, dizem pais – DIAGNÓSTICO: saiba como identificar espectro em crianças. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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