Trabalhadores do sindicato nacional de docentes rejeitaram parcelamento de reajuste de 22,71% em três vezes. Decidiram greve nacional segunda-feira.
No dia 15, teve início uma greve nacional dos professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica. A decisão foi tomada após a rejeição da proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos durante a última Mesa Setorial Permanente de Negociação, que ocorreu em 11 de agosto.
A paralisação dos docentes está causando impactos significativos no sistema de educação. É crucial que as partes envolvidas busquem soluções que atendam às demandas dos educadores e resolvam o impasse o mais rápido possível.
Trabalhadores rejeitaram proposta em reunião
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor envolvia um reajuste salarial zero, com aumentos somente no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar. Os trabalhadores votaram pelo movimento paredista, resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.
Greve Nacional Segunda-Feira
Dentro da pauta nacional unificada, os docentes exigem um reajuste de 22,71%, a ser dividido em três parcelas de 7,06%, a serem pagas nos anos de 2024, 2025 e 2026. Além disso, reivindicam a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que impõe aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Outros pontos em discussão são a revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação).
Novas Etapas de Paralisação dos Trabalhadores
O Comando Nacional de Greve (CNG) foi estabelecido recentemente em reunião na sede do Andes, em Brasília. Em breve, o movimento paredista participará de uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados para debater as mobilizações e paralisações dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.
Início da Jornada de Luta
Durante a Jornada de Luta ‘0% de reajuste não dá!’, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que ocorrerá de terça-feira, 16, até o dia 18 de abril, estão previstas uma série de atividades de mobilização. Entre os dias 22 e 26 de abril, ainda está programada uma semana de atividades locais nas instituições.
O Ministério da Gestão se Manifesta
Em nota, o Ministério da Gestão afirmou que, além de formalizar a proposta rejeitada, comprometeu-se a abrir até julho todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas. Atualmente, dez mesas abordam reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Um grupo de trabalho foi criado para discutir a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
O relatório final do GT, apresentado à ministra da Gestão, Esther Dweck, em março, servirá como base para a proposta de reestruturação da carreira. O Ministério se mantém aberto ao diálogo, porém não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.
Fonte: @ Exame
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