Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 enfrentam maiores preocupações com ataques cibernéticos devido ao uso de inteligência artificial e agências do Estado.
Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 estão sob constante ameaça de ciberataques, com a inteligência artificial desempenhando um papel crucial na segurança do evento. Desde o icônico ciberataque ocorrido em Montreal-1976, a preocupação com a segurança cibernética nos grandes eventos esportivos só aumentou, exigindo medidas cada vez mais sofisticadas para proteger as infraestruturas digitais envolvidas.
A evolução tecnológica traz consigo o aumento do risco de ciberataques em larga escala, sendo essencial a adoção de estratégias proativas para mitigar possíveis danos. Com o avanço dos ataques cibernéticos e a diversificação de agentes mal-intencionados, a segurança digital torna-se um requisito fundamental para a integridade dos Jogos Olímpicos, demandando investimentos em soluções inovadoras e equipes altamente capacitadas.
Ciberataques: uma ameaça crescente
O espectro de Ciberataques é vasto e representa um desafio significativo em termos de segurança cibernética, afirmou John Utlquist, analista da Mandiant Consulting. Ele ressaltou que ‘Todas as formas de perturbação estão sendo consideradas’, mencionando setores como patrocinadores, transportes, logística e competições como alvos em potencial. A diversidade de alvos potenciais demonstra a complexidade das ameaças cibernéticas enfrentadas atualmente.
Riscos e preparação: o papel das agências do Estado
Vincent Strubel, diretor-geral da Agência Francesa de Cibersegurança (ANSSI), expressou confiança em relação à preparação para possíveis Ciberataques, destacando a importância do treinamento contínuo. No entanto, ele alertou sobre o risco de serem surpreendidos por ataques menores antes de enfrentarem uma ameaça mais séria voltada para infraestruturas críticas. A necessidade de prevenção e resposta eficazes é fundamental para lidar com a constante evolução das ameaças cibernéticas.
O desafio da segurança cibernética nos Jogos Olímpicos
Em um artigo da revista de pesquisa Hérodote, um especialista em gestão de riscos ressaltou a importância de aprender com eventos passados, como os problemas enfrentados durante os Jogos Olímpicos de Montreal em 1976. O caso destaca a necessidade de integrar a segurança cibernética desde as fases iniciais de planejamento e construção de infraestruturas esportivas. Enquanto Tóquio-2020 é citado como um exemplo de sucesso nesse aspecto, a preparação de Paris-2024 enfrenta desafios adicionais devido ao cenário geopolítico.
A ameaça da inteligência artificial nos Ciberataques
Os Ciberataques ganham destaque no contexto da inteligência artificial, com preocupações crescentes em relação a atores como o GRU, serviço de inteligência militar da Rússia. John Utlquist alertou para a conexão desses atores com ataques cibernéticos anteriores, incluindo os ocorridos nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang em 2018 e na campanha presidencial francesa em 2017. O uso estratégico da IA para minar a confiança e a estabilidade é uma preocupação central diante das crescentes ameaças cibernéticas em eventos de grande escala.
Fonte: @ Gazeta Esportiva
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