Chuvas recentes danificaram medicamentos essenciais do Programa Estadual de Controle da Tuberculose.
O estado do Rio Grande do Sul, afetado pelas inundações recentes, está empenhado em prevenir a propagação da tuberculose entre a população que enfrentou semanas de frio e alagamentos. O hospital sanatório Paternon, pertencente à rede de saúde estadual, destaca-se no tratamento da tuberculose e tem sido fundamental nesse período de crise.
Além disso, a preocupação com outras doenças também é uma prioridade, visto que a situação de emergência pode aumentar a incidência de problemas de saúde. Por isso, a vigilância epidemiológica tem sido intensificada para garantir a prevenção e o controle de possíveis surtos de doenças nesse contexto desafiador. Últimos trimestres de 2024
Últimos 45 dias: Aumento de Casos de Tuberculose no Rio Grande do Sul
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado e Saúde, Carla Jarczewski, tomou medidas junto aos abrigos para combater a doença. Ela ressaltou que a aglomeração favorece o contágio e, desde o início das enchentes, têm priorizado a busca por pessoas com sintomas respiratórios, tosse, suores noturnos, falta de apetite e emagrecimento, características do sintomático respiratório, especialmente a tosse, com ou sem catarro.
Carla enfatizou a importância de identificar rapidamente aqueles com diagnóstico de tuberculose, garantindo que usem máscara comum para evitar a contaminação de outras pessoas. Ela também mencionou que muitas pessoas que estavam em tratamento contra a tuberculose perderam seus medicamentos devido às enchentes, solicitando a reposição o mais rápido possível.
A coordenadora ressaltou que ainda é cedo para determinar se as enchentes no Rio Grande do Sul contribuíram para o aumento de casos de tuberculose no estado. Ela explicou que a tuberculose é uma doença de notificação compulsória, mas devido à falta de notificação online, o diagnóstico pode demorar a ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Carla Jarczewski, diretora técnica do Hospital Sanatório Paternon, destacou a situação das pessoas em situação de rua com diagnóstico de tuberculose, cujos casos têm aumentado desde 2017. Em 2022, foram registrados 250 casos, um aumento de mais de 5% em relação a 2017. Essas pessoas enfrentam desafios devido à duração do tratamento, que pode durar no mínimo seis meses, tornando-as mais vulneráveis ao bacilo.
O Hospital Sanatório Paternon atua como suporte ao Programa de Controle da Tuberculose no Rio Grande do Sul, porém, enfrenta dificuldades com pacientes em situação de rua que não concluem o tratamento. Nos últimos anos, os indicadores têm se deteriorado, resultando em desfechos mais graves. A população em situação de rua tem 56 vezes mais chances de contrair tuberculose do que a população em geral, destacando a importância de medidas preventivas e de acompanhamento adequado.
Fonte: @ Agencia Brasil
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