Jacket worn by artist stirs tension, yet scarcely discusses: vestido, renda, white, pair, boots, Rick Owens, Cantilever sans jump, coat, linen, cream, sleeves, elongated sewn, seams, lateral, practical, belted, containment, therapy, ECT, movement, ’60s counterculture; dress, termas: vestido, de renda, branco, par, botas, Rick Owens, sem salto, casaco, lona creme, mangas longeiras costuradas, costuras laterais, prática, cintos, contenção, terapia ECT, movimento contracultural ’60, definição doença mental convencional, correia verde transportadora.
A cantora Rosalía, 12 vezes vencedora do Grammy Latino, foi vista em São Paulo usando um look que chamava a atenção. A estrela pop espanhola usava um elegante vestido preto e um par de botas de salto alto, mas o destaque estava na sua roupa. Uma camisa-de-força de veludo vermelho com detalhes dourados, parecia sair de um conto de fadas sombrio.
Enquanto caminhava pelas ruas da cidade, Rosalía parecia desafiar as convenções da moda com seu colete-de-segurança personalizado. A camisa-de-força combinava perfeitamente com seu visual arrojado, mostrando que a cantora não tem medo de arriscar. Sua ousadia não passou despercebida, causando um alvoroço nas redes sociais e deixando os fãs ansiosos por mais surpresas fashion. A moda é uma forma de expressão, e Rosalía certamente sabe como fazer uma declaração de estilo única e cativante.
Reinterpretação Artística da Camisa-de-Força na Moda
Desde o lançamento de seu terceiro álbum, ‘Motomami’, Rosalía tem causado burburinho com seu visual, que variou de óculos escuros estilo motociclista à camisas-de-força com um toque vanguardista. Ao ser examinado mais de perto, seu guarda-roupa intrigante parecia transcender o universo da moda para abraçar elementos médicos inesperados. As mangas alongadas, costuradas de forma meticulosa e finalizadas com outra fivela de fecho, conferiram um ar de restrição até mesmo em seu estilo. Seu casaco, por exemplo, lembrava uma camisa-de-força moderna, jogando com a ideia de contenção e liberação.
Inventadas no século 18, as camisas-de-força tiveram um papel controverso em hospitais e asilos, destinadas a proteger os pacientes, mas muitas vezes consideradas desumanas por restringir movimentos. Com o advento do movimento contracultural da década de 1960, surgiu uma crítica contundente às práticas como coletes-de-segurança e terapia eletroconvulsiva (ECT), questionando a abordagem convencional da medicina em relação à saúde mental.
A Gucci, renomada marca de moda, também ousou reinterpretar as camisas-de-força em uma coleção apresentada na Semana de Moda de Milão. Em um cenário minimalista, modelos desfilaram com macacões inspirados nessa vestimenta icônica, presos por fivelas e tiras, evidenciando uma fusão entre moda e restrição. A modelo Ayesha Tan-Jones fez um protesto silencioso durante o desfile, enfatizando que ‘saúde mental não é moda’, ressaltando a importância de não trivializar questões sensíveis por meio do vestuário.
Esse diálogo entre moda e simbolismo das camisas-de-força levanta reflexões sobre liberdade, restrição e o papel da vestimenta na expressão individual. A representação da camisa-de-força como peça de moda destaca a dualidade entre a beleza estética e a carga histórica de controvérsia e sofrimento que ela carrega. Nesse contexto, a moda não apenas veste corpos, mas também comunica narrativas complexas e desafia convenções estabelecidas.
Fonte: @ CNN Brasil
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