A infecção sexualmente transmissível pode ser assintomática. Vacina SUS previne eficazmente contra manifestações visíveis.
A infecção pelo HPV é responsável por muitos casos de câncer de colo de útero, além de estar associada a outros tipos de cânceres. Muitas vezes assintomático, o papilomavírus humano (HPV) é transmitido silenciosamente, já que os sintomas não são percebidos pela maioria das pessoas.
Prevenir a propagação do HPV é fundamental para evitar complicações futuras. A conscientização sobre o papilomavírus humano e a realização de exames preventivos são essenciais para a saúde da população, pois a infecção por HPV pode levar ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Fique atento e cuide da sua saúde!
Manifestações Clínicas e Subclínicas do HPV
Em algumas situações, o papilomavírus humano (HPV) pode permanecer latente por um período que varia de meses a anos, sem revelar sinais visíveis ou indicar manifestações subclínicas, ou seja, que são detectáveis somente por exames específicos. O HPV é conhecido por ser uma infecção sexualmente transmissível, sendo a transmissão realizada através do contato direto com a pele ou mucosas infectadas, englobando o contato oral-genital, genital-genital e até manual-genital. Além disso, a transmissão de mãe para filho durante o parto é uma possibilidade.
Após o contágio, os primeiros sinais da infecção surgem geralmente entre dois e oito meses, embora em alguns casos possa levar até duas décadas para que qualquer sintoma se manifeste. Os sintomas são mais frequentes em gestantes e indivíduos com baixa imunidade. A queda na resistência do organismo pode facilitar a proliferação do HPV, levando ao surgimento de lesões. Em mais de 90% das vezes, os sinais regredirão naturalmente.
Manifestações Clínicas do HPV
As lesões clínicas do HPV se apresentam sob a forma de verrugas na região genital e anal. Tecnicamente denominadas condilomas acuminados, são popularmente conhecidas como crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos diversos, achatadas ou elevadas, e com textura sólida. Geralmente não causam sintomas, mas eventualmente podem provocar coceira na região.
Muitas vezes, essas lesões são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
Manifestações Subclínicas do HPV
Já as lesões subclínicas podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas, porém sem apresentar sinais visíveis ou sintomas. Podem afetar a vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal ou região pubiana. Em casos menos comuns, podem estar presentes em áreas extragenitais, como nos olhos, mucosas nasal, oral e laríngea. Em casos raros, crianças infectadas durante o parto podem desenvolver lesões nas cordas vocais e laringe.
Prevenção e Vacinação contra o HPV
Para prevenir a transmissão do HPV, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a prática de sexo seguro, incluindo educação para os jovens e promoção do uso de preservativos para os sexualmente ativos. Contudo, a forma mais eficaz e totalmente eficaz de prevenção, como afirmado pela OMS, é a vacinação contra o HPV em indivíduos entre 9 e 14 anos, idealmente antes do início da atividade sexual.
Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina HPV quadrivalente. Em 2024, o Ministério da Saúde atualizou o esquema de vacinação, adotando a dose única contra o papilomavírus humano. Essa estratégia visa reforçar a proteção contra o câncer do colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, possibilitando dobrar a capacidade de imunização com o estoque existente.
Pelo SUS, podem receber a vacinação: adolescentes de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual, pessoas com HIV, transplantados ou pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos. O Ministério da Saúde tem reforçado a importância da prevenção e da vacinação contra o HPV para combater a propagação da infecção e suas consequências.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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